13 dias para o Enem: Nutricionista dá dicas sobre o que comer antes e durante a prova
Especialista ressalta que a alimentação está atrelada ao raciocínio e pode afetar o desempenho do estudante
Restando poucos dias para o Enem, já que o primeiro dia do exame será em 3 de novembro, a ansiedade de milhares de estudantes está cada vez maior. Por se tratar de um tempo de duração de prova extenso, especialistas da área da saúde alertam para que os estudantes se atentem à alimentação. A coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, professora Bruna Ramos, orienta que, para um melhor desempenho na avaliação, os participantes devem comer bem, antes, como também, levar um pequeno lanche para comer durante a realização do exame.
Segundo a especialista, ficar com fome, por exemplo, pode ser prejudicial para o raciocínio, para o corpo e até mesmo para o desempenho. “Não é recomendável para o estudante prolongar a ausência de refeições por longos períodos, uma vez que isso pode influenciar de modo direto o pensamento e o desempenho cognitivo. O cérebro é um órgão que demanda uma quantidade substancial de energia para operar de forma eficaz, e a escassez de alimento pode prejudicar suas funções”, ressalta.
A docente explica que o principal ponto nesse contexto é a dificuldade de concentração. “Quando você está com fome, pode ser desafiador concentrar-se em tarefas complexas ou manter a atenção prolongada. Essa situação compromete a habilidade de pensar de maneira nítida e lógica, reduzindo também a capacidade de retenção de informações e provocando uma diminuição na velocidade do raciocínio. Além disso, a fome pode desencadear em irritabilidade e ansiedade, uma queda na energia, levando à fadiga e desânimo devido à diminuição dos níveis de glicose no sangue”, alerta.
A nutricionista listou algumas sugestões de alimentações para os momentos que antecedem a prova e, também, opções de lanches simples para que os estudantes levem para comer durante o exame. Confira:
Antes da prova
No jantar que antecede ao dia da prova, priorize fazer tudo mais cedo, a fim de que se tenha uma boa digestão e uma noite de sono tranquila. O ideal é que essa refeição seja leve para garantir o bem-estar no dia seguinte.
Priorize nutrientes como ferro, ácido fólico e vitaminas antioxidantes (A, C, E), pois elas possuem efeitos neuroprotetores e melhoram o desempenho intelectual. Exemplo: Arroz, feijão, leguminosas como ervilha, lentilha ou grão de bico). Vegetais verde-escuros como a couve, brócolis e espinafre são muito indicados, assim como a cenoura, tomate e abobrinha são boas opções de consumo.
Café da manhã
Lembre-se que as substâncias presentes no café podem causar efeitos colaterais, como a dor de cabeça. Pense sempre em alimentos que o ajudam a se manter mais concentrado e que mantenham o intestino em funcionamento regular. Exemplo: frutas e alimentos integrais como granola ou aveia e suco natural. Pão integral também é recomendável.
Almoço
Essa refeição também deve ser leve e é indicado que ela seja feita em casa, tanto para evitar comer coisas diferentes do costume, quanto para ter um momento pré-prova mais tranquilo. Exemplos carboidratos de baixo índice glicêmico, que levam mais tempo para serem digeridos e ajudam manter energia até a hora da prova, além de auxiliar na concentração e memória. Cenoura, brócolis, alface, tomate, batata doce e arroz integral são exemplos de alimentos a serem consumidos.
Durante a prova
É importante destacar que as regras do MEC exigem que os alimentos sejam colocados em um recipiente transparente e sem rótulo a fim de facilitar a fiscalização no local. O ideal, nesse caso, é priorizar os alimentos fáceis de levar e que não resultam em muita sujeira. Exemplos: frutas como maçã, banana, sanduíche natural e até mesmo biscoitos integrais, afinal eles farão a pessoa sentir saciedade.
Por fim, a docente da Faculdade Anhanguera recomenda a hidratação constante. “Tenha a sua garrafa de água em mãos, pois a água desempenha um papel crucial no transporte de nutrientes, minerais e oxigênio às células do organismo. Além disso, desempenha uma função vital para o cérebro, visto que a desidratação pode prejudicar de forma adversa a função cognitiva, incluindo a capacidade de concentração e raciocínio. Beber água suficiente ajuda a manter a clareza mental”, conclui.
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Fonte: Assessoria de Imprensa – Cogna/SP
Por Nicholas Montini Pereira
Foto: Divulgação