90% dos alemães são contra ações militares do país na Síria
É o que revelou uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira
Quase 90% dos cidadãos alemães se opõem a uma possível participação de Berlim em ações militares na Síria. É o que revelou uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (20) pela imprensa alemã.
De acordo com a pesquisa Kantar Emnid, publicada pelo jornal Handelsblatt, um total de 86% dos cidadãos alemães são contra o envolvimento do país na ação militar no país do Oriente Médio, e apenas 10% dos entrevistados o apoiam.
A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 18 de abril — alguns dias depois dos ataques dos EUA, Reino Unido e França à Síria — e entrevistaram mais de mil pessoas.
Na quarta-feira (18), cerca de 1.500 alemães tomaram as ruas de Berlim para protestar contra os ataques liderados pelos EUA à Síria e pedir o fim da guerra, segundo o partido de esquerda Die Linke, que organizou a manifestação.
No início deste mês, vários meios de comunicação e países ocidentais acusaram Damasco de usar armas químicas na cidade de Douma, em 7 de abril. O governo sírio e a Rússia refutaram as alegações, dizendo que o ataque foi encenado por militantes e pela organização voluntária Capacetes Brancos para influenciar a opinião pública e justificar uma possível intervenção.
Na noite do dia 13 de abril, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram um ataque com mísseis contra vários alvos na Síria, incluindo as instalações em Barzeh e Jamraya, como forma de retaliação. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, um total de 103 mísseis de cruzeiro foram lançados pelos Estados Unidos e seus aliados, 71 dos quais foram interceptados pelas defesas aéreas da Síria.
O ministro do Exterior alemão, Heiko Maas, descartou no dia 14 de abril a participação da Alemanha em ataques na Síria e ressaltou que Berlim usaria todos os meios diplomáticos para resolver a questão da destruição controlada das armas químicas que alegadamente permanecem na Síria. Com informações da Sputnik News Brasil.
Fonte: Notícias Ao Minuto
Foto: REUTERS/Fabrizio Bensch