A importância da universidade na formação do atleta de alto rendimento

Por Alexandre Slowetzky Amaro

Ser atleta de alto rendimento não é tarefa fácil. São horas, dias, semanas, meses e anos de treinamento físico, mental e emocional intensos, com o objetivo de alcançar o lugar mais alto no pódio, além do reconhecimento público e econômico. A corrida para o Olimpo, para os louros da glória esportiva, é curta. Ainda que sejam observadas variações entre os (as) atletas e entre as muitas modalidades esportivas – em função das demandas físicas e energéticas inerentes a cada uma delas – a carreira esportiva de um atleta terá um fim, inevitavelmente.

Com o término da carreira esportiva, o (a) atleta pode se deparar com um cenário pouco amistoso, caso ele (a) não tenha se preparado adequadamente para este novo momento da sua vida. Nesta conjectura, ter uma formação universitária pode contribuir não só com essa nova fase da vida, como também pode ser um elemento chave para o sucesso esportivo do (a) atleta durante sua carreira.

Um corpo crescente de pesquisas tem reportado que a atividade física regular e o esporte estão associados ao aumento das estruturas e da complexidade das conexões cerebrais, como recentemente publicado no British Journal of Sports Medicine (MARQUES et al., 2018). É postulado que estes ganhos cerebrais potencializariam a capacidade de armazenamento (memória) e processamento de informações – denominadas funções executivas -, resultando na melhora do desempenho acadêmico dos praticantes de atividade física regular e de esportista.

Ademais, o ganho no potencial acadêmico pelo (a) atleta pode também ser transferido para o ambiente esportivo, uma vez que o (a) atleta poderá responder mais prontamente às informações fornecidas pelo (a) seu (sua) técnico (a) e na leitura, processamento e resposta das situações problema inerentes ao esporte que pratica.

Já no término da carreira esportiva, o atleta poderá fazer uso das competências aprendidas e desenvolvidas na formação universitária para entrar no mercado de trabalho formal. É claro que esse caminho não é linear. Ele está repleto de variáveis intervenientes (eventos não controlados), mas possuir a formação superior, ainda mais em uma instituição de ensino superior reconhecida pela excelência, pode contribuir significativamente para que o então ex-atleta alcance sucesso na nova fase da sua vida.

* Dr. Alexandre Slowetzky Amaro – Bacharel em Esporte – Universidade Presbiteriana Mackenzie; Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento – Universidade Presbiteriana Mackenzie; Doutor em Distúrbios do Desenvolvimento e em Cinesiologia – Universidade Presbiteriana Mackenzie e California State University – Fullerton. Atua na Coordenadoria de Gestão Desportiva Universitária e na Pró Reitoria de Extensão e Educação Continuada da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Sobre o Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segunda a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.

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Fonte: Assessoria de Imprensa Universidade Presbiteriana Mackenzie

Foto: Reprodução/Google

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