A matemática por trás da escolha de Rosso como cabeça de chapa

 

A guinada ocorreu, entre outros motivos, a fim de mudar os pré-candidatos de posição para garantir disputa igualitária entre siglas aliadas

A matemática também está por trás da preferência de maioria da terceira via pelo deputado federal Rogério Rosso (PSD) para ser o futuro candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF). Rosso assumiria o lugar do também membro da Câmara Izalci Lucas (PSDB).

Segundo integrantes do grupo formado pelo PSDB, PRB, PSD, DC, PPS e PSC, a guinada ocorreu, entre outros motivos, a fim de mudar os pré-candidatos de posição para garantir disputa proporcional igualitária entre os partidos, além de viabilizar acordo com outras siglas. Com os pré-candidatos à Câmara dos Deputados já colocados, o distrital Julio César (PRB) e Rosso, via-se pouca possibilidade de uma competição em condições iguais.

Flertam com a coalizão os presidentes regionais do Podemos e do Solidariedade, o ex-administrador do Plano Piloto Marcos Pacco e o deputado federal Augusto Carvalho, respectivamente. Ambos querem concorrer a uma vaga na Casa. “Os outros partidos não topariam sair para a disputa, pois ninguém vai trabalhar com a certeza de que não vai ser eleito”, comentou um integrante da terceira via, sob condição de anonimato.

Um dirigente partidário da aliança observa, porém, que a instabilidade da pré-candidatura de Izalci também influenciou o PRB, PSD, PPS e PSC a defenderem o nome de Rosso. O tucano é alvo de correligionários que cobram eleições no PSDB-DF.

O grupo discutiu a possibilidade de Rosso deixar a corrida pela Câmara e disputar a cadeira de senador, ao lado do pré-candidato à reeleição Cristovam Buarque (PPS). Mas os articuladores ainda tinham outro obstáculo: o Solidariedade tem o empresário Fernando Marques como postulante ao Senado.

A saída encontrada foi indicar Rosso ao Palácio do Buriti. No entanto, o então cabeça da chapa, Izalci Lucas, não aceitou ser o vice. Agora, resta ao grupo aguardar a decisão de Rosso, que ficou de validar suas propostas antes de anunciar se aceita.

 

Fonte: Metrópoles

Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

 

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