Abrir uma franquia nos Estados Unidos ou em Portugal é uma opção para conseguir visto de residência?

 

Por Guilherme Noschese*

São Paulo, 26 de novembro de 2018 – “Se fulano se eleger, eu me mudo para outro país!”. Quantas vezes você ouviu essa frase nos últimos meses? Ou, diante da crise econômica brasileira e do desemprego crescente, quantas pessoas você conhece que pretendem deixar o Brasil para tentar uma vida nova, principalmente nos Estados Unidos e em Portugal?

Primeiro destino dos brasileiros, os Estados Unidos é um país de economia forte, com leis trabalhistas compatíveis com a realidade econômica, que privilegia o empreendedorismo, tem sistema tributário facilitado e a abertura de empresas é simples e desburocratizada. A infraestrutura do país dispensa comentários, porque é sabido que “lá funciona”. Justamente por isso, ter um visto de residência requer um processo mais elaborado, na medida que mais e mais pessoas do mundo inteiro procuram os Estados Unidos para darem prosseguimento aos seus projetos de vida, por meio de investimentos feitos naquele país.

Portugal, por sua vez, tornou-se um fenômeno de procura pelos brasileiros nos últimos anos, por ser um país europeu de clima ameno, pela facilidade do idioma e também por permitir maior facilidade de acesso – lá, é mais fácil conseguir um visto de residência, pois as leis oferecem um número maior de opções para quem deseja se estabelecer naquele país. Sem a força econômica dos Estados Unidos, o país oferece vantagens tributárias e baixo custo de vida. Trata-se de um dos países com menor índice de violência do mundo e um dos melhores para os aposentados. Com a reputação de oferecer boa qualidade de vida, tendo a Saúde e Educação como obrigação do Estado – e, lá, isso é levado a sério –, o país atrai famílias que desejam educar seus filhos em um ambiente tranquilo e com boa infraestrutura.

Mas, como conseguir, além do visto, trabalhar num país distante? Uma excelente opção é investir em uma franquia. O fato mais comum é que quem não planeja uma mudança para outro país comete o erro de se instalar primeiro para, depois, tentar o visto. Em geral, o casal conhece uma cidade, gosta dela, compra uma casa, dois carros, matricula os filhos na escola e, depois, procura uma consultoria especializada em vistos. Então, tem a triste notícia de que não conseguirá permanecer legalmente naquele país, se não conseguir cumprir com o que é estipulado na legislação do país.

O caminho tem de ser inverso…

Todo país valoriza quem nele investe, gera empregos e renda, recolhe impostos, contribuindo ativamente para o desenvolvimento econômico. Assim, nos Estados Unidos, por exemplo, você precisará empreender para tentar obter um visto. Há algumas maneiras de fazê-lo, como por exemplo, por meio de uma franquia ou pelo investimento em um centro regional que invista em projetos de envergadura, como a construção de hotéis, mas sempre por investimentos ativos, que chamamos de ‘investimento a risco’. Não se pode financiar esse investimento, é preciso ter o capital total para o negócio, sendo certo que a origem lícita desse capital é fundamental para o andamento do processo. Ao investir em consonância com as exigências de cada país, você poderá então pedir o visto para você e também para a sua família, mas para isso é fundamental contar com uma consultoria que evite os erros normalmente cometidos por aqueles que pecam na elaboração e na implantação de um planejamento adequado.

Em Portugal, também é possível realizar investimentos com foco na obtenção do visto de residência. Nesse caso, o investimento poderá ser passivo (em imóveis) ou ativo (através de empreendedorismo). Isso porque o país aceita a compra de imóveis como condição necessária para se obter o visto, desde que observados os valores mínimos exigidos por lei – ao contrário dos Estados Unidos – e, se o valor investido em um ou mais imóveis superar os 500 mil euros, o investidor obtém o Golden Visa, também chamado de Visto Gold, e que se assemelha ao Green Card nos EUA. Valores menores podem ser aceitos em casos específicos, mas o investimento deve ser feito pelo pretendente ao visto, de forma direta, ou seja, não financiada. Essa, no entanto não é a única forma de se obter o visto por meio de investimento. Quem abre uma empresa em Portugal também conquista seu visto e, neste caso, nem é necessário um investimento tão grande.

A opção pelas franquias é excelente porque ambos os países possuem marcas renomadas que estão em plena expansão. Também existem redes brasileiras que operam em ambos os países. Como há leis específicas em cada país, é aconselhável que o investidor procure por uma consultoria especializada para auxiliá-lo no processo de aquisição de uma franquia.

Antes de mudar a vida de sua família, planeje. escolha a cidade com cautela, faça investimentos seguros e apenas depois de estudos e de obter orientação profissional, tome suas decisões de forma embasada. Não se esqueça de que você mudará toda a sua vida e que a intenção é que essa mudança seja bem sucedida – e para melhor.

Sobre o GEF

O GEF – Grupo de Excelência em Franquias é um grupo formado por profissionais voluntários especializados em Franchising que dedicam tempo e conhecimento para disseminar boas práticas e fomentar o estudo sobre o sistema de franquias no Brasil. Criado dentro do CRA/SP – Conselho Regional de Administração de São Paulo, o GEF atua totalmente vinculado e sob a orientação do CRA, representando a entidade.

*Sobre Guilherme Noschese

Guilherme Noschese é consultor em investimentos internacionais, com atuação nos Estados Unidos e Portugal. Também assessora empresas que buscam internacionalização e expansão de redes nesses mercados.

É membro do GEF – Grupo de Excelência em Franquias do CRA/SP.

 

Fonte: Em Pauta Comunicação – São Paulo/SP

Foto: Reprodução

 

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