Administrações regionais são meros cabides de emprego

 

Em Taguatinga, o dinheiro só dá para pagar os salários dos servidores. Não sobra nada para investimentos na cidade

A fama de que as administrações regionais só funcionam como cabides de emprego perpetua-se governo após governo. Durante a campanha, o governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) se comprometeu a dar maior autonomia aos administradores e democratizar o processo de escolhas desses colaboradores. Com isso, espera agilizar a resolução dos problemas dos moradores das cidades do DF.

Em Taguatinga, além de problemas corriqueiros, como manter as ruas limpas, capinar o mato, tapar buracos nas pistas, fazer a manutenção das praças, buscar soluções para o caos no trânsito e para as delegacias fechadas, os últimos titulares da regional, incluindo a atual administradora Karolyne Guimarães, conviveram com a falta de autonomia e de dinheiro para investimentos.

Pelo Portal da Transparência do DF, este ano a RA se limitou a pagar os gastos com servidores (salários, impostos e direitos trabalhistas). Até o dia 28 de novembro, a cidade recebeu R$ 12.557.584,03, e gastou R$ 12.311.463,66 só para quitar os proventos dos servidores.

Os restantes R$ 246.147,37, segundo o Portal da Transparência, foram gastos em diversas despesas na própria administração. Não foi constatado nenhum investimento em infraestrutura da cidade com recurso provenientes da administração. Contudo, aparecem gastos com a Fundação Nacional do Preso (FUNAP), multas de trânsito e do Corpo de Bombeiros, compra de água mineral e do tradicional cafezinho.

Numa comparação com um pequeno município de Mato Grosso, enquanto os governantes de Brasília não investiram quase nada nos últimos quatro anos na educação em Taguatinga, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde aplicou R$ 153 milhões nos últimos 8 anos.

Foram construídas seis novas escolas, três creches, três piscinas olímpicas, quatro ginásios de esportes, 97% dos equipamentos renovados e com tecnologia de ponta, 23 ônibus escolares renovados, padaria escolar reconstruída. Os professores do município ganham o maior piso salarial do País, e Lucas do Rio Verde ganhou o prêmio de campeão em merenda escolar por seis anos consecutivos.

Confira o quadro do Portal da Transparência

 

 

Fonte: Jornal Brasília Capital

Por Orlando Pontes

Foto: Reprodução

 

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