Aguirre buscará soluções testadas por Dorival no São Paulo
Como perdeu a primeira partida das quartas por 1 a 0 para o São Caetano, a equipe tricolor precisa ganhar por dois gols de diferença
Insatisfeito com a lentidão apresentada pelo São Paulo no último sábado (17), no jogo de ida das quartas de final do Paulista, Diego Aguirre deverá recorrer a alternativas já experimentadas por Dorival Júnior, seu antecessor no cargo de treinador do clube, para o segundo duelo contra o São Caetano, nesta terça-feira (20), às 21h, no Morumbi.
Como perdeu a primeira partida por 1 a 0, a equipe tricolor precisa ganhar por dois gols de diferença para avançar à semifinal. Se vencer por 1 a 0, o classificado será decidido em disputa de pênaltis.
Para buscar a vaga, Aguirre deverá optar por uma formação que tenha jogadores que se movimentam mais em campo, algo muito cobrado em seus últimos trabalhos e que não foi visto no sábado.
É provável que o técnico desfaça a parceria entre Diego Souza e Nenê, dois dos cinco reforços contratados neste ano. Eles tiveram atuações aquém do esperado na primeira partida, além de deixarem o time mais lento.
Cueva -outro que teve uma atuação apagada- está fora do jogo decisivo por ter sido convocado para amistosos da seleção peruana.
“Tentei colocá-los [Diego Souza e Nenê] para encontrar um futebol pelo meio. Sei que, talvez, não tenha funcionado anteriormente, mas você também tem de transmitir confiança aos jogadores. Obviamente, não gostei, mas fiquei com algumas ideias”, disse Aguirre após a partida.
Dorival já havia detectado que a equipe ficava lenta com os jogadores atuando juntos. Assim, resolveu apostar na reta final de sua passagem em um time mais veloz. É o que o treinador uruguaio tentará agora, até porque o São Paulo não tem muitas opções.
Shaylon ou Brenner devem começar o jogo decisivo. Se optar pelo primeiro, Diego Souza pode ser mantido na frente. Ele, porém, sofre a concorrência de Tréllez, que está recuperado de contusão.
Se escolher Brenner, a armação das jogadas ficará entre Nenê e o camisa nove.
Desde que foi contratado, Aguirre observou Diego Souza como centroavante e meia. Já Nenê foi utilizado na linha de três do meio de campo, tanto aberto quanto centralizado, onde mais agradou.
Marcos Guilherme, que foi reserva diante do São Caetano, e Valdívia estão garantidos. Eles são as apostas do comandante uruguaio para que o time ataque e defenda com intensidade pelos lados.
Valdívia foi um pedido do ex-treinador do clube Dorival Júnior, que também aprovou a contratação de Diego Souza, do zagueiro Anderson Martins e do goleiro Jean. O defensor chegou como uma oportunidade de mercado, enquanto o goleiro foi adquirido para repor as saídas de Denis e Renan Ribeiro.
Já as contratações de Nenê e Tréllez foram opções da atual diretoria, comandada por Raí, diretor executivo de futebol, e Ricardo Rocha, coordenador de futebol. O primeiro ainda teve o aval de Diego Lugano, superintendente de relações institucionais.
Os três dirigentes foram escolhidos pelo atual presidente, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Ídolos da torcida são-paulina, eles funcionam como um escudo para o mandatário do clube.
A instabilidade dentro de campo também é vista na direção. Em 30 meses, Leco colocou nove pessoas diferentes trabalhando no departamento de futebol.
O cargo já foi ocupado por Ataíde Gil Guerreiro, Rubens Moreno, Gustavo Vieira de Oliveira, Luiz Cunha, José Alexandre Médicis, José Jacobson Neto, Marco Aurélio Cunha e Vinícius Pinotti. (Folhapress)
Fonte: Notícias Ao Minuto
Foto: John Vizcaino/Reuters