Aliança do PSB com o PT no DF é “impossível”, diz Rollemberg
Governador lamentou apoio do PSB ao Partido dos Trabalhadores em Pernambuco e reafirmou suporte a Ciro Gomes (PDT) na capital
O acordo eleitoral firmado entre PT e PSB em Recife e a costura para a neutralidade da legenda nas eleições presidenciais caíram como uma bomba nas negociações do Distrito Federal. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tenta o apoio do PDT para a chapa na qual concorrerá à reeleição ao Palácio do Buriti e já foi enfático ao declarar seu suporte a Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial.
Rollemberg esperava por uma decisão do PDT nacional para conseguir apoio no DF. Porém, esses planos se frustraram, apesar de o governador ainda estar disposto a ceder a candidatura ao Senado aos pedetistas.
Agora, Rollemberg se manterá na briga por uma coligação de esquerda progressista sem a interferência direta e explícita das diretorias nacionais das siglas. “O PSB estava entre apoiar o Ciro e a neutralidade. Eu, pessoalmente, considero a neutralidade um erro, um equívoco. Estamos fortalecendo uma polarização PT-PSDB que é muito ruim para o país. O PSB podia estar construindo uma alternativa. Ciro conhece bem o Brasil, está preparado”, afirmou o governador.
Hoje, com apoio do PV e da Rede, Rollemberg quer conquistar também PDT, PCdoB e PPL. Em todo esse processo de expectativa e indecisões, ele tem duas certezas. A primeira é que não estará com o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições.
“O PSB não vai fazer aliança com o PT no DF, isso é impossível. Pode acontecer que, em alguns estados do Nordeste, o PT tenha esse apoio, já que o partido está liberado. Porém, aqui não”, declarou Rollemberg ao Metrópoles.
A segunda certeza do governador é o palanque para Ciro Gomes: “Vamos fazer campanha para o Ciro em Brasília, em qualquer circunstância”, assegurou.
Lançado como vice na coligação de Rollemberg, Eduardo Brandão (PV) apoia a presidenciável Marina Silva (Rede). O que, segundo Rollemberg, é harmonioso. “Não há conflito. O Eduardo apoia Marina e, se o PCdoB entrar na chapa, apoiará a Manuela D’Ávila”, concluiu, referindo-se à candidata comunista ao Palácio do Planalto.
Fonte: Metrópoles
Foto: Igo Estrela/Metrópoles