ARTIGO: A intersecção entre saúde e engenharia: para onde vai o mercado?

Por Guilherme Montanaro Lombardi (*)

É fato que o mercado de saúde em Brasília vive um momento de expansão que reflete tendências nacionais e globais. Para se ter uma ideia, a expectativa de vida da população brasileira está aumentando, acompanhando as projeções internacionais. Segundo a ONU, o número de pessoas com mais de 60 anos deve dobrar até 2050. Isso não é só um dado demográfico, mas um alerta para o setor: estamos diante de uma demanda crescente por serviços especializados, algo que já pressiona a infraestrutura atual.

Hoje, o Brasil investe cerca de 9% do seu PIB em saúde. Para colocar isso em perspectiva, o montante gira em torno de R$ 850 bilhões ao ano, segundo o Ministério da Saúde. Embora o valor seja expressivo, ele ainda fica abaixo da média de países desenvolvidos, que destinam mais de 12% do PIB ao setor. No entanto, essa cifra vem crescendo, impulsionada por investimentos públicos e privados. Em Brasília, com sua posição estratégica e um perfil populacional diversificado, o potencial é ainda mais evidente. A cidade combina a necessidade de modernização com uma demanda natural de um público que busca qualidade de vida e bem-estar.

Mas investir em saúde vai muito além de erguer prédios. Trata-se de um processo meticuloso que começa no papel, com estudos de viabilidade e planejamento financeiro, e termina com a abertura de empreendimentos que precisam operar com excelência.

A complexidade desse mercado não deve ser subestimada. Construir um hospital ou uma clínica exige atenção a detalhes que poucos outros setores demandam. São normas específicas, licenças da vigilância sanitária e o desafio de instalar sistemas como climatização hospitalar e circuitos elétricos especializados. Cada etapa precisa ser executada com precisão. Não basta apenas construir; é preciso garantir que a estrutura esteja preparada para operar com excelência. Isso inclui, ao final da obra, testes rigorosos de segurança e treinamento para todas as equipes que farão parte da operação.

Ainda assim, os desafios são proporcionais às oportunidades. O envelhecimento da população é um motor inevitável para o crescimento do setor, mas também uma oportunidade para pensar em inovação. Brasília, com seu alto poder aquisitivo médio e seu perfil cosmopolita, posiciona-se como um dos mercados mais promissores para quem quer aliar saúde e tecnologia. Aqui, mais do que em outros lugares, o público está disposto a pagar por serviços de alta qualidade que ofereçam bem-estar e conveniência.

A saúde é uma prioridade em Brasília, e o mercado está em um ponto de inflexão. Investidores atentos sabem que, com planejamento adequado, é possível transformar essa crescente demanda em empreendimentos sólidos e rentáveis. Não é só uma questão de atender ao que é esperado hoje, mas de se preparar para o que será indispensável amanhã.

(*) Guilherme Lombardi é sócio da Controller. Empresa de construções em Brasília.

Fonte: Conversa Estratégias de Comunicação Integrada – Assessoria de Imprensa

Por Paula Britto

Crédito: Imagem ilustrativa criada a partir de IA

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