Baralho eleitoral: 4 postulantes ao Buriti disputam cartas de Frejat

 

Confira as jogadas de Alberto Fraga (DEM), Ibaneis Rocha (MDB), Rogério Rosso (PSD) e Izalci Lucas (PSDB) para herdarem espólio do médico

A desistência do ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR) embaralhou o jogo eleitoral e colocou quatro postulantes ao Buriti na disputa pelas cartas deixadas pelo médico aposentado, que liderava a disputa até abandonar a mesa, no último dia 24.

Alberto Fraga (DEM) e Ibaneis Rocha (MDB) compunham a coalizão que apoiava o ex-secretário de Saúde. Eles disputam não só o espólio de Frejat, mas também a estrutura política. O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) conta com o apoio do Avante e do PP. A carta na manga de Fraga é a votação expressiva na última disputa eleitoral, quando se elegeu como o deputado federal que recebeu o maior número de votos (155.056 no total) dos brasilienses.

Do outro lado da mesa, estão Rogério Rosso (PSD) e Izalci Lucas (PSDB). Os dois estavam juntos na chamada terceira via. Mas o pessedista anunciou, na última sexta (27), que dará as cartas: disputará o Governo do Distrito Federal tendo o pastor Egmar Tavares (PRB) como vice. Preterido, Izalci Lucas se recusa a entregar a partida. Mantém-se pré-candidato e na disputa para conquistar os votos de Frejat.

Divisão não interessa ninguém
Com tantos jogadores, as regras do jogo ainda podem mudar. Estilhaçar a oposição em quatro grupo distintos não interessa a nenhum dos postulantes ao Buriti. A fragmentação reduz a participação dos candidatos no fundo eleitoral e o tempo de propaganda eleitoral nas rádios e TVs. Também impacta nas eleições proporcionais, onde os votos da coligação são determinantes.

Enquanto nenhum deles cede, o Metrópoles convidou os quatro pré-candidatos para apresentarem seus trunfos. Perguntamos porque cada um merece a confiança dos eleitores que apostavam em Jofran Frejat. Confira as cartadas:


Alberto Fraga (DEM)

GUI PRIMOLA

Gui Primola

“Sempre fui fiel à candidatura do Frejat. Mas, com a desistência, alguns se deixaram levar pela euforia e deu no que deu: vários candidatos. Estão se esquecendo do principal, o bem-estar da cidade. E é esse meu compromisso. Brasília está sofrendo tanto porque está nas mãos de uma pessoa sem experiência administrativa. Eu tenho essa experiência, principalmente em uma área que hoje é uma das maiores preocupações dos brasilienses, a segurança pública.”

 

 

 

 

 

Ibaneis Rocha (MDB)

 Gui Primola

Gui Primola

“Entendo que as pessoas que votariam no Frejat são eleitores insatisfeitos, que não concordam com gestão do Rollemberg. Os brasilienses querem um caminho diferente, em sintonia com a vontade da população. Nas últimas eleições, foram eleitos os menos piores. O Frejat representou a retomada dessa esperança de uma mudança real. E tenho convicção que posso ocupar esse espaço. Fui presidente de uma das instituições mais respeitadas do país, conheço o governo e quero trabalhar pela cidade onde nasci.”

 

 

 

 

 

Izalci Lucas (PSDB)

GUI PRIMOLA

Gui Primola

“Sou o candidato mais firme, a minha principal coligação é com o povo. Sou o único com um plano de governo estruturado para mudar Brasília, construído desde que anunciei que seria candidato, em 2011. A minha fala sempre foi muito concreta e linear. Não mudei posicionamentos como outros candidatos. Minha relação com o Frejat é ótima. Caso aceite, será o meu secretário de Saúde. Espero contar com ele já na transição de governo. Estamos sempre em contato. A saúde pública do Distrito Federal precisa de atenção.”

 

 

 

 

 

Rogério Rosso (PSD)

“O eleitor é soberano. A decisão de quem votar é toda dele. É consultando a razão e o coração que cada um escolhe seu candidato. Mas acredito que todos que votariam em Frejat desejam mudanças e não concordam com a gestão atual. Além disso, querem um governo experiente. Eu conheço bem o governo, fui chefe do Executivo. A saúde será uma das minhas prioridade, como foi em 2010. Em nove meses, conseguimos resultados. E vamos conseguir muito mais em quatro anos.”

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Metrópoles

Foto: Gui Primola

 

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