Bocelli revela torcida pelo Brasil na Copa antes de turnê no país

 

Italiano fez declarações à imprensa nacional após apresentação pelo centenário da aparição de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal

compositor, produtor musical e tenor italiano Andrea Bocelli, 59, realizou no último domingo (13) um recital de ação de graças para cerca de 9.000 pessoas, na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, Portugal, celebrando o centenário da aparição de Nossa Senhora de Fátima.

Acompanhando Bocelli estavam, além de seu fiel maestro, Carlo Bernini, que se alternou ao piano com a francesa Elisabeth Sombart, a violinista ucraniana Anastasyia Petryshak. A cantora portuguesa Ana Moura fez uma participação especial.

Pela primeira vez um concerto acontece no local. A reportagem acompanhou o evento e entrevistou o artista, no final da apresentação, que teve no repertório apenas de músicas sacras. Entre as 12 peças apresentadas, “Pietá Signore”, de Alessandro Stradella (1639-1682); “Mission”, de Ennio Morricone; “Agnus Dei”, de Georges Bizet (1838-1875); e “Domine Deus”, de Gioachino Rossini (1792-1868).

Não faltaram “Ave-Marias”, de Giulio Caccini (1551-1618); de Charles Gounod (1818-1893); de Franz Schubert (1797-1828), além de “Ave de Fátima”, composição de autoria anônima.

Devoto da Virgem Maria, Bocelli externou sua vontade de realizar o concerto em Fátima quando se apresentou, há dois anos, no Santuário Nacional de Aparecida, no Brasil, onde cantou para cerca de 35 mil pessoas. “Quando eu ainda era criança, uma professora muito religiosa, me transmitiu esse sentimento contando para nós sobre [as aparições em] Lourdes e Fátima”, disse.

Antes do concerto, o artista circulou em meio à multidão que lotava o Santuário de Fátima, passando pela capela construída em um dos muitos locais onde houve uma aparição da santa. “Foi um momento muito forte”, falou.

Perguntado que milagre pediria a Fátima, o artista respondeu: “Eu não tenho direito de pedir um milagre. Sou uma pessoa muito afortunada, pois desde criança recebo um bem muito valioso, que é o afeto vindo de meus pais, amigos e das pessoas que me cercam. Por isso não creio que deva pedir um milagre, apenas peço que a Virgem Santa olhe esse mundo que é repleto de sofrimento”, falou.

Em setembro, Bocelli fará uma turnê pelo Brasil, com apresentações no Estádio Nacional de Brasília, no dia 20; no Beira Rio, em Porto Alegre, dia 26; e no Allianz Parque, em São Paulo, dia 29. Repertório e participações especiais ainda não estão definidos.

Bocelli sabe que está no Brasil ao sentir o “espírito dos brasileiros, que vivem tudo com alegria”, diz.

Quanto a alguma diferença entre cantar no país e em outros lugares do mundo, Bocelli respondeu: “Cantar é igual em qualquer parte do mundo, recebendo em troca aquilo que damos; não tem importância onde se está. Contudo, o público brasileiro é atento e ama a música, no Brasil há uma grande tradição musical”.

O tenor afirma que está sempre disposto a ouvir trabalhos de compositores brasileiros que lhe são oferecidos, e que isso o faz muito feliz.

O interesse pela MPB vem de quando o artista italiano, nascido em Lajatico, a 40 quilômetros de Pisa, cantava e tocava ao piano, em bares, músicas de Vinicius de Moraes (1913-1980) e Toquinho. “Gosto muito do Toquinho e de todos os grandes compositores brasileiros.”

Segundo Bocelli, para cantar música sacra é preciso ter fé. “Porque há de se crer naquilo que se diz. Seguir com fé e com coerência, entre as dificuldades e ofertas que aparecem, pois a lógica de Deus é obviamente incompreensível ao homem e nos faz chegar ao fim da estrada percebendo que fizemos uma escolha justa.”

Apaixonado por futebol, Bocelli revelou estar triste pelo fato de a Itália ter sido eliminada da Copa do Mundo. Por essa razão, o tenor italiano deve torcer “pela tradição brasileira”.

Com informações da Folhapress.

 

Fonte: Notícias Ao Minuto

Foto: Regis Duvignau/REUTERS

 

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