Bolsonaro Presidente Eleito de Todos os Brasileiros

 

Jair Bolsonaro , 55,13 % dos votos

São vãs as incertezas sobre desvios do governo eleito neste domingo (28) por causa da presença de militares em cargos relevantes. Passada a tempestade eleitoral, é razoável dar uma olhada na História para avaliar o comportamento de presidentes oriundos das Forças Armadas. O retrospecto é tranquilizador.

Vitorioso nas urnas neste domingo, o capitão Jair Bolsonaro é o segundo militar profissional a chegar à presidência da República dentre os quatro candidatos fardados depois da redemocratização de 1945. Além dele, Eurico Gaspar Dutra em 1946 foi eleito e governou, enquanto Juarez Távora, em 1955, e Henrique Teixeira Lott, em 1959, foram derrotados. Ambos reconheceram as derrotas e os eleitos assumiram. Placar: dois a dois.

Mais advogados que militares

Entre todos, somente os advogados, ganham dos militares, de 45 para cá: foram três bacharéis (Getúlio Vargas, Jânio Quadros e José Sarney), um médico (JK), um administrador de empresas (Collor), um sociólogo (FHC), um torneiro mecânico (Lula) e uma economista (Dilma). Embora tenha sido eleito pelo Colégio Eleitoral, Sarney figura entre os democraticamente legítimos.

Entre os vice-presidente que governaram, Café Filho, Jango Goulart e Michel Temer, eram advogados, e Itamar Franco, engenheiro. É bem variada a formação acadêmica dos mandatários brasileiros.

Tudo no “Livrinho”

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Tudo pela Constituição, garante Bolsonaro ou pelo livrinho como já dizia o ex-presidente Dutra

O retrospecto dos presidentes militares não autoriza o temor do autogolpe, tão difundido na propaganda eleitoral. Pelo contrário: sempre que estimulado por seus assessores e seguidores e dar um golpe de estado para impedir a volta de Getúlio Vargas ao poder, o presidente Dutra perguntava: “está no livrinho?” o tal livrinho era a constituição. Este é o exemplo relevante.

Também o Marechal de Ferro, Floriano Peixoto, se manteve nos limites da Constituição ao se recusar a assinar como presidente da República. Sempre se apresentou como vice-presidente no exercício da presidência, pois pela Lei Magna deveria convocar eleições.

Estado de Sítio

Entretanto, justificando-se com ameaças reais de duas revoltas armadas de grandes proporções, a Revolução de 93, dos Maragatos, no Rio Grande do Sul, e a Revolta da Armada, na Baia da Guanabara, manteve-se no poder sob Estado de Sítio. Terminado seu tempo, fechou as gavetas, saiu do Palácio do Itamarati e tomou um bonde para a casa de sua irmã, no bairro da Tijuca. Seu sucessor, civil, Prudente de Morais, encontrou a sede do Executivo vazia. Pegou a caneta e começou a governar. Floriano não deu autogolpe.

Acesso aos novos Poderosos

Chegando um pouco mais cedo ainda pode tomar um chimarrão, bem gaúcho, no Gabinete do Chefe da Casa Civil, Deputado Onyx Lorenzoni, já confirmado por Bolsonaro.

Nestes próximos dias o mundo econômico vai tomar pé e se situar diante do novo governo. A campanha eleitoral obnubilou os projetos do novo governante, submetido a um corredor polonês de seus adversários. Passada a tempestade, o horizonte vai se esclarecer. Para os gaúchos há a perspectiva de bom acesso aos novos poderosos, diante da participação no núcleo central do novo governo de dois gaúchos comprometidos com o Estado, o deputado Ônix Lorenzoni e do general Hamilton Mourão. As cartas estão abertas na mesa.

Dentro dos limites constitucionais

Ressalvando as turbulências normais à trajetória dos governos submetidos a forças políticas em regimes democráticos, os mercados avaliam que o governo do presidente Bolsonaro estará sempre dentro dos seus limites constitucionais. Assim sendo, os negócios vão se desenvolver dentro das circunstâncias, sempre sob as garantias jurídicas. Também o Brasil estará de bem com a comunidade internacional de negócios, pois nestes tempos atuais não se admitem ditaduras ou rompimentos institucionais. Os capitais fogem de republiquetas.

A coluna Repórter Brasília é publicada também no Jornal do Comércioo jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul

 

Fonte: Blog Edgar Lisboa

Fotos: Reprodução

 

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