BRB registra, em 2017, o maior lucro líquido da história
Foram R$ 260 milhões nos 12 meses do ano passado – valor 29,6% maior do que o mesmo período de 2016, quando alcançou R$ 200,5 milhões
O Banco de Brasília (BRB) registrou o maior lucro líquido da história da instituição no acumulado de 2017. Foram R$ 260 milhões nos 12 meses do ano passado – valor 29,6% maior do que o mesmo período de 2016, com R$ 200,5 milhões. Dessa forma, o patrimônio líquido da entidade fechou 2017 com R$ 1,271 bilhão.
Os resultados do banco foram divulgados na noite desta segunda-feira (5/3), no Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB). Segundo o presidente do BRB, Vasco Cunha Gonçalves, os números positivos devem-se ao controle de custos, às políticas de redução de inadimplência e ao maior rigor na escolha dos que podem aderir às linhas de crédito.
“Ficamos mais seletivos na operação de crédito e fizemos uma renegociação com o superendividados. Para pessoas físicas, diminuímos o comprometimento da renda. Para as empresas, começamos a avaliar o balanço antes de conceder o crédito”, afirmou Cunha.
Com as medidas, as chamadas Despesas de Intermediação Financeira caíram 28%. A inadimplência do banco saiu do patamar de 4,3% e chegou a 2,8%.
Em compensação, houve queda de 7,8% na carteira de crédito, em relação a 2016. “É esperada essa redução quando há uma seleção maior dos clientes. A expectativa para 2018 é que os percentuais melhorem”, afirmou.
Iprev
O aumento do lucro líquido do banco é uma boa perspectiva para o funcionalismo local. De 100% das ações da instituição, hoje, 16,52% são do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal.
As ações foram incorporadas ao patrimônio do Iprev para compensar a retirada que o Executivo local fez do fundo em 2016. Hoje, valem R$ 530 milhões. Os outros 80,33% são do GDF. O restante (3,15%) diz respeito a ações disponíveis no mercado e negociadas na bolsa de valores.
Cartões de crédito
Para 2018, o BRB vai investir no aumento da base de cartões de crédito, ampliar o segmento de seguros e adequar tecnologias. Nos últimos três anos, a instituição investiu R$ 200 milhões na melhoria de processos tecnológicos, como o aperfeiçoamento do aplicativo para mobile. “Agora vamos para os investimentos digitais”, afirmou o presidente do banco, Vasco Cunha Gonçalves.
Ainda segundo Gonçalves, outro fator positivo foi a troca das 750 máquinas de autoatendimento. “Acabamos com a explosão dos caixas, devido à nova tecnologia”, disse.
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) participou da cerimônia de divulgação dos dados do BRB ao lado do secretário-chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.
“Fico muito feliz com o resultado, que é fruto de uma estratégia adotada lá atrás. Quando nomeei o Vasco, pedi que ele atuasse de maneira técnica, para servir à população de Brasília”, afirmou o governador para um auditório lotado de servidores e acionistas do BRB.