Caesb reorganiza distribuição de água para equilibrar abastecimento

Sistemas isolados, dependentes de mananciais pequenos e poços, têm disponibilidade hídrica reduzida. Por isso, usuário deve ser ainda mais consciente no uso

Apesar de o Distrito Federal estar com os níveis dos reservatórios de água mais altos do que no mesmo período de anos anteriores, algumas cidades são abastecidas por sistemas que dependem de mananciais pequenos ou médios e poços, que reduzem muito sua disponibilidade hídrica nos meses secos. 

É o caso de Sobradinho, Planaltina, Brazlândia e da região do Jardim Botânico e São Sebastião. Quem mora nessas cidades sabe que, entre os meses de agosto e novembro, os córregos ficam com pouca água, reduzindo a oferta.

O Sistema Sobradinho-Planaltina recebe água de captações superficiais, como Pipiripau, Fumal, Brejinho, Mestre D’Armas, Corguinho, Paranoazinho e Contagem, e subterrâneas, que são poços tubulares profundos de Sobradinho, Arapoanga e Pólo de Cinema. 

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

A principal delas, o Pipiripau (foto), está tendo sua vazão diminuída, principalmente por causa do longo período de estiagem. Desde a semana passada, a Caesb teve sua captação reduzida em cerca de 35 litros por segundo e faz manobras na rede de forma a reequilibrar o abastecimento. 

Por essa razão, em algumas localidades, pode haver desabastecimento temporário em residências que não disponham de caixa d’água que supra suas necessidades por pelo menos 24 horas, conforme legislação em vigor. 

O Sistema Brazlândia possui duas captações superficiais, Barrocão e Capão da Onça, que não são interligadas com os demais sistemas do DF. Por fim, o Sistema São Sebastião-Jardim Botânico recebe água do Sistema Torto-Santa Maria, da captação do córrego Cabeça de Veado e também dos poços de São Sebastião.

É importante que todos usem água de forma consciente, principalmente nos períodos de estiagem. As comunidades que moram em Sobradinho, Planaltina, Brazlândia, São Sebastião e Jardim Botânico, particularmente, devem ter atenção redobrada para evitar que haja interrupção no fornecimento de água.

Mudar os hábitos de consumo pode ser uma poderosa ajuda na manutenção dos níveis dos reservatórios que abastecem essas cidades. Ações como banhos mais curtos, conserto de vazamentos, regulagem da descarga e lavagem de calçadas a seco contribuem para evitar escassez hídrica. Reduzir o tempo de banho de 20 para cinco minutos, por exemplo, pode economizar 90 litros de água. 

Consertar vazamentos também é muito importante. Uma torneira pingando desperdiça 46 litros de água por dia e, se o vazamento for maior, em forma de filete, o desperdício pode chegar a 750 litros por dia.

Outro hábito que gasta muita água é a lavagem de calçadas. Varrer a sujeira em vez de lavar as calçadas com mangueira gera uma economia de, em média, 120 litros de água. Outra alternativa é utilizar a água usada na lavagem de roupas para limpar as calçadas. O simples ato de escovar os dentes com a torneira fechada e só abrir para enxaguar a boca pode economizar 16 litros de água.

Com informações da Caesb

Fonte: Agência Brasília | Foto: Arquivo/Agência Brasília

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