Caminhada ao Palácio do Planalto nas pesquisas
Nos últimos dias, três pesquisas foram realizadas no calor da caminhada eleitoral ao Palácio do Planalto, pesquisas diferentes, feitas pelo Ibope e Datafolha, mostram Jair Bolsonaro com 26% no Ibope, e ainda uma espontânea com 23%. Isso revela uma candidatura bastante solidificada nos 20 pontos percentuais. Esses números, em tese, o colocam no segundo turno. Queiram ou não, o candidato do PSL tem uma colocação isolada e até confortável no primeiro lugar.
Embolado para a segunda vaga
No Datafolha, fica claro uma disputa embolada pela segunda vaga para buscar o segundo turno. Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), subindo. Para o líder das pesquisas, Jair Bolsonaro, tanto no Datafolha como no Ibope, a rejeição é bastante significativa no segundo turno. Bolsonaro se mantém, cai um pouco na última pesquisa do Ibope dos 44% que estava, vai para 41% das pessoas que não votariam nele de jeito nenhum. O índice é elevadíssimo e o reflexo disso é o segundo turno. O candidato Bolsonaro aparece mais competitivo com Fernando Haddad, do PT, mesmo assim, com empate técnico e também com os candidatos de centro a disputa será de foice, para o segundo turno. Essa rejeição que deixa o grupo do Bolsonaro com o sinal vermelho, em alerta.
Crescimento não foi o esperado
Na opinião do cientista-político, David Fleischer, da UnB, as três últimas pesquisas recentes do Datafolha e do Ibope, mostraram que Jair Bolsonaro não avançou, “não cresceu tanto quanto era previsto, muitos acharam que por ele ter sofrido o atentado, isso iria se espalhar, pelo sentimento de comoção, simpatia, empatia, etc., mas não foi bem assim”.
Marina cai entre as mulheres
Segundo Fleischer, na pesquisa do “Pactual com a FSB, ele chegou a 30 pontos, mais no Ibope e no Datafolha, não andou tanto, avançou só um pouquinho. No Datafolha, o que se chama de simulação espontânea, não é, quando não mostra uma lista dos candidatos, ele até avançou bastante, avançou 5 pontos; e a Marina caiu. O mais impressionante é a Marina ter caído. Se você olhar a Datafolha, ela caiu entre as mulheres, o que muita gente estranhou. A rejeição que aumentou para o Bolsonaro foi justamente do grupo que apoiava ele mais, entre os jovens; que foi o que chamou atenção”, avaliou o cientista político. Para o cientista-político da UNB, se fosse hoje, iria para o segundo turno Bolsonaro com Ciro Gomes. Ele avalia que a Marina caiu um pouco e o Geraldo Alckmin não avançou.
Crescimento de Haddad
Na avaliação de David Fleischer, Fernando Haddad pode crescer um pouco mais. “Não sei se vai ter tanta transferência de votos do Lula para empurrar o Haddad para o segundo turno. Não sei. Eu acho menos provável agora, porque pela previsão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Lula não pode ficar na televisão avalizando o Haddad, ele está proibido. Então, o apoio total de Lula que é um dos cenários das pesquisas, vai ser difícil por causa dessa proibição. E a multa é de 500 paus por dia, e ainda pode perder o direito ao horário gratuito, segundo colocou enfaticamente o ministro Luís Roberto Barroso, do TSE.
Transferência de Votos
O potencial de transferência de votos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Fernando Haddad (PT), se estabilizou na última semana, depois de ter aumentado consideravelmente entre os dias 20 de agosto e 5 de setembro, segundo série de pesquisas Ibope divulgadas desde o início oficial da campanha nas eleições de 2018. Isso complica a posição do ex-prefeito de São Paulo.
Bolsonaro com Ciro
Para o experiente analista político, Bolsonaro está praticamente garantido no segundo turno. Considera que como Alckmin não cresceu muito, devem ir par o segundo turno, pela ordem: Ciro Gomes, primeiro e Fernando Haddad, em segundo. Para o professor, há praticamente um empate técnico e ele acredita que o Ciro ganharia de Bolsonaro, no segundo turno.
Ciro jogando pesado
Como era de se esperar, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) pegou pesado na sabatina realizada pelo jornal O Globo, em parceria com o Valor Econômico, nesta quarta-feira (12), algumas horas após a publicação da pesquisa Ibope. Ciro começou dizendo de sua indignação pela substituição de Lula por Haddad e afirmou que o Brasil não aguenta outra Dilma pelo fato de Haddad ter sido apadrinhado por Lula. “Não é assim que vamos sair dessa encalacrada.”
Declarações do Chefe do Exército
O candidato do PDT foi direto ao falar das forças armadas. Ao ser questionado sobre declarações polêmicas recentes do chefe do Exército, general Eduardo Villas-Bôas (gaúcho de Cruz Alta), de que “a legitimidade de novo governo pode até ser questionada”, Ciro disse que, na avaliação dele, o comandante tentou “calar as cadelas no cio que estão abaixo dele se animando com a candidatura de Jair Bolsonaro”. Sobre a relação com as forças armadas, caso vença a eleição, disse: “Eu mando e eles obedecem.”
Ataques ao General
Para Ciro Gomes, Bolsonaro “representa a destruição da nação brasileira”. O presidenciável do PDT chamou o vice-presidente na chapa de Bolsonaro, general gaúcho Hamilton Mourão, de “jumento de carga”. Disse que Mourão reclamou da declaração na qual o general afirmou que os militares são “profissionais da violência”.
“Baixaria” de Ciro é fruto de falta de argumento, diz Mourão
Candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) rebateu declaração do presidenciável do PDT, que o chamou de “jumento de carga”
General Hamilton Mourão é candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Foto: Renato S. Cerqueira – Futura Press
O general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), rebateu declaração do presidenciável Ciro Gomes (PDT) que o chamou de “jumento de carga”. Em viagem ao Paraná, Mourão disse que a “baixaria” do adversário só interessa a “pessoas desesperadas”.
“Ofensas, partindo de Ciro Gomes, não têm relevância para mim. Trata-se de alguém que, em um debate, não tem argumentos. Quando não há argumentos, a pessoa parte para a ofensa”, afirmou. “Não vou me envolver em disputas de retórica de baixo nível, pois não é isso que os eleitores desejam e tampouco a educação que eu recebi.”
Caminhada ao Palácio do Planalto
Nos últimos dias, três pesquisas foram realizadas no calor da caminhada eleitoral ao Palácio do Planalto, pesquisas diferentes, feitas pelo Ibope e Datafolha, mostram Jair Bolsonaro com 26% no Ibope, e ainda uma espontânea com 23%. Isso revela uma candidatura bastante solidificada nos 20 pontos percentuais. Esses números, em tese, o colocam no segundo turno. Queiram ou não, o candidato do PSL tem uma colocação isolada e até confortável no primeiro lugar.
Embolado para a segunda vaga
No Datafolha, fica claro uma disputa embolada pela segunda vaga para buscar o segundo turno. Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), subindo. Para o líder das pesquisas, Jair Bolsonaro, tanto no Datafolha como no Ibope, a rejeição é bastante significativa no segundo turno. Bolsonaro se mantém, cai um pouco na última pesquisa do Ibope dos 44% que estava, vai para 41% das pessoas que não votariam nele de jeito nenhum. O índice é elevadíssimo e o reflexo disso é o segundo turno. O candidato Bolsonaro aparece mais competitivo com Fernando Haddad, do PT, mesmo assim, com empate técnico e também com os candidatos de centro a disputa será de foice, para o segundo turno. Essa rejeição que deixa o grupo do Bolsonaro com o sinal vermelho, em alerta.
Bolsonaro com Ciro
Para o analista político, David Fleischer; Bolsonaro está praticamente garantido no segundo turno. Considera que como Alckmin não cresceu muito, devem ir par o segundo turno, pela ordem: Ciro Gomes, primeiro e Fernando Haddad, em segundo. Para o professor, há praticamente um empate técnico e ele acredita que o Ciro ganharia de Bolsonaro, no segundo turno.
Marina cai entre as mulheres
Segundo Fleischer, o mais impressionante é a Marina ter caído. Se você olhar a Datafolha, ela caiu entre as mulheres, o que muita gente estranhou. A rejeição que aumentou para o Bolsonaro foi justamente do grupo que apoiava mais o apoiava, entre os jovens; que foi o que chamou atenção”, avaliou o cientista político. Para Fleischer, se fosse hoje, iria para o segundo turno Bolsonaro com Ciro Gomes. Ele avalia que a Marina caiu um pouco e o Geraldo Alckmin não avançou.
A coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comércio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul
Fonte: Blog Edgar Lisboa
Foto: Reprodução