Campanha pelo comando da ADUnB é marcada por troca de acusações
Chapa 2 se defende da denúncia de ter problemas na Justiça alegando que o concorrente age para “espalhar o medo e a desconfiança”
Enquanto a Universidade de Brasília vive a pior crise financeira da história, a Associação dos Docentes da UnB (ADUnB) tem uma eleição conturbada. As duas chapas que serão testadas nas eleições que começam nesta quarta-feira (23/5) e terminam na quinta (24) nem sequer participaram do debate marcado para troca de ideias em 15 de maio.
As acusações da Chapa 1, ADUnB para os Professores(as), são de que o candidato à presidência pela Chapa 2, ADUnB Viva, teria 16 ações contra ele. Em uma delas, por improbidade administrativa, foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) a ressarcir os cofres públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em R$ 1 milhão.
Candidato à presidência pela ADUnB Viva, Luis Antonio Pasquetti, recorreu da sentença no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas teve o recurso negado por tê-lo apresentado fora do prazo.
Em comunicado enviado ao Metrópoles, a Chapa 2 se defendeu dizendo que “a eleição não pode ser pautada pela falta de verdade nem pela falta de lógica de que os fins justificam os meios”. O texto afirma, ainda, “não poder sobrepor o desespero, a falta de propostas e de escrúpulos à construção de uma campanha séria”.
A ADUnB Viva se diz alvo de uma campanha de destruição de reputações, difamação e de informações soltas e desconectadas. Em publicação no Facebook, a Chapa 2 ainda atribui a “forças conservadoras” a disseminação do “medo e da desconfiança” e diz que os rivais não querem discutir propostas.
À reportagem, a Chapa 1 refuta as acusações e afirma que a entidade não pode ser gerida por alguém com tantas pendências judiciais. Representantes do grupo encaminharam ao Metrópoles e-mail disparado para os docentes, no qual o candidato Ebnezer da Silva rebateu as acusações de calúnia e fuga ao debate.
A correspondência eletrônica traz, em anexo, a condenação de Pasquetti no TRF-3 e a negativa do STJ de acolhimento ao recurso, assinada pela ministra Laurita Vaz.
Fonte: Metrópoles
Foto: Michael Melo/Metrópoles