‘Centrão não tem dono, ali só tem gente esperta’, diz Jucá

 

Segundo articulador da campanha de Meirelles, parcerias ainda não estão definidas

Um dos principais articuladores da candidatura de Henrique Meirelles (MDB) ao Planalto, o presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou nesta terça-feira (24) que as alianças para outubro ainda não estão definidas e que seu partido investirá, inclusive, em acordo com integrantes do centrão, que já fecharam apoio a Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo Jucá, o grupo formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade “não tem dono” e no bloco “só tem gente esperta”.

“O centrão é uma manifestação política, o centrão não tem dono, ali só tem gente esperta”, afirmou Jucá, que não quis dar detalhes sobre quais partidos do bloco -e fora dele- procurou à espera de que se desgarrem dos acordos firmados para apoiar Meirelles.

O ex-ministro da Fazenda, porém, tem apenas 1% nas pesquisas e encontra dificuldade para fechar alianças. Sua equipe já considera, por exemplo, lançar um vice do próprio MDB, numa espécie de chapa puro-sangue.

Jucá pondera que as alianças só serão definitivas em 15 de agosto, data limite para o registro das candidaturas e, até lá, declara, “todo mundo continua conversando com todo mundo”.

O presidente do MDB reafirmou que, caso Meirelles não consiga fechar nenhuma aliança até lá, está preparado para “ir sozinho”, porque a sigla tem capilaridade e tempo de TV para fazer campanha.

Nesta terça, Jucá participou, junto com Meirelles e sua equipe, de uma reunião para definir o formato da convenção partidária que deve oficializar o nome do ex-ministro da Fazenda como candidato na sucessão de Michel Temer.

Meirelles precisa conquistar pelo menos metade dos 629 votos dos convencionais e Jucá projeta que ele terá cerca de 460.

Após o encontro, na sede do MDB em Brasília, Meirelles disse acreditar ter o apoio de 70% dos convencionais.

Jucá, por sua vez, disse que o partido não punirá os rebeldes -que não votarem por Meirelles-, mas que a escolha dos dirigentes será entre apoiar um candidato do PT ou ter nome próprio ao Planalto.

Isso porque dirigentes de estados do Nordeste, como Ceará e Alagoas, preferem a aproximação com o partido do ex-presidente Lula, com popularidade alta na região, do que se escoltar em um nome ligado ao governo de Michel Temer, o mais impopular da história.

Jucá tenta imprimir um discurso menos pessimista e diz que, por causa da fragmentação da disputa deste ano, a corrida presidencial está aberta para todos os postulantes.

“Ninguém tem vaga garantida no segundo turno. É uma eleição aberta em que a política está em cheque”, declarou.

Com informações da Folhapress.

 

Fonte: Notícias Ao Minuto

Foto: Reuters/Adriano Machado

 

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