Cinco erros dos candidatos mais bem colocados na disputa pelo GDF

 

Postulantes ao Buriti se equivocaram ao comentar dados envolvendo economia, segurança e seus planos de governo, entre outros

Candidatos ao Governo do Distrito Federal participaram de debate promovido pelo portal Metrópoles na última segunda-feira (24/9). A Lupa checou frases de Alberto Fraga (DEM), Eliana Pedrosa (Pros), Ibaneis Rocha(MDB), Rodrigo Rollemberg (PSB) e  Rogério Rosso (PSD), os melhores colocados na mais recente pesquisa Ibope de intenção de voto, divulgada em 17 de setembro.

Veja o resultado:

Michael Melo/Metrópoles

Michael Melo/Metrópoles

 “Temos 14 delegacias fechadas no Distrito Federal”

Alberto Fraga (DEM)

O Distrito Federal conta com 49 delegacias e todas estão em funcionamento. Uma reportagem do Metrópoles mostrou que há 14 unidades que fecham após as 19h e não abrem nos finais de semana por falta de pessoal e infraestrutura – mas elas não estão permanentemente fechadas, como indica Fraga.

Procurado, o candidato não retornou.

Walterson Rosa/Especial para o Metrópoles

Walterson Rosa/Especial para o Metrópoles

“Queremos implementar várias ações para (…) resgatar essa dívida [histórica com os descendentes de matriz africana] e darmos mais oportunidades para todos os seus descendentes”

Eliana Pedrosa (Pros)

No programa de governo registrado pela candidata junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não há menção a qualquer projeto para “descendentes de matriz africana”, negros e pardos em nenhuma das áreas de governo.

A única menção ao tema, feita de forma genérica, está na introdução do trecho do programa de governo que elenca as propostas de Eliana Pedrosa para a cultura. “O extraordinário legado de um território continental com uma única língua pátria foi consolidado com maiores e menores influências dos povos europeus, dos povos africanos e dos povos indígenas”, diz parte do documento.

Procurada, Eliana não retornou.

Walterson Rosa/Especial para o Metrópoles

Walterson Rosa/Especial para o Metrópoles

“Temos a melhor rede hoteleira [do país]”

 Ibaneis Rocha (MDB)

Ministério do Turismo afirma que não há estudos que mostrem qual é a melhor rede hoteleira do Brasil. O que existe é a Pesquisa de Serviço de Hospedagem (PSH) 2016, do IBGE em convênio com a pasta. O levantamento tem dados quantitativos e “não diz respeito a classificação de qual estado seria ‘melhor’ que o outro”, segundo o instituto.

De acordo com o IBGE, o DF lidera apenas a “proporção de estabelecimentos de grande porte”, com 36,3% das hospedagens dentro desse parâmetro. No ranking sobre o número total de estabelecimentos, o DF ocupa a 24ª colocação, com 279 locais disponíveis para hospedagem – à frente apenas de Acre (110), Amapá (72) e Roraima (60). Já em relação à quantidade de leitos disponíveis, o DF está em 16º lugar, com 39.424 leitos.

Procurado, Ibaneis Rocha não retornou.

Igo Estrela/Metrópoles

Igo Estrela/Metrópoles

“Hoje, Brasília é a cidade em que você abre a empresa no período mais rápido [de tempo] do Brasil”

Rodrigo Rollemberg (PSB)

O estudo “Índice de cidades empreendedoras 2017”, elaborado e divulgado pela Endeavor Brasil , mostra que Brasília é a 20ª cidade no ranking que mede o tempo necessário para a abertura de empresas – ou seja, em 19 municípios o prazo para isso é menor do que na capital federal.

Em 2017, demorava-se 57 dias para abrir uma empresa em Brasília. Em Cuiabá, cidade que lidera o ranking, se levava 20 dias em 2017. Naquele ano, a média do tempo de abertura de uma empresa no país era de 62 dias. Foram analisadas 32 cidades de 22 estados. Veja a posição de cada uma delas aqui.

Procurado, Rollemberg não retornou.

“O Distrito Federal (…) tirou o 22º [no Ideb]”

Rogério Rosso (PSD)

Não existe uma nota única para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). As médias estaduais são separadas em três estágios do ensino básico – anos iniciais e anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Em 2017, dado mais recente do Ideb, o Distrito Federal estava acima do 22º lugar em todos os níveis.

Nos anos iniciais do ensino fundamental, a rede distrital empatou com Santa Catarina em oitavo lugar, com nota 6. Nos anos finais, ficou na 15ª colocação, com nota 4,3 – com o Rio Grande do Sul. Já no ensino médio, o DF era o 13º colocado, empatado com Rio Grande do Sul, Maranhão e Alagoas, todos com nota 3,4. A meta estipulada pelo MEC não foi atingida nos últimos dois níveis de ensino.

Procurado, Rosso não retornou.

 

 

Fonte: Agência Lupa / Metrópoles

Foto: Michael Melo/Metrópoles

 

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