COI recomenda volta de russos a competições como atletas neutros
Participação de russos e bielorrussos em Paris 2024 segue indefinida
O Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou às federações internacionais que autorizem atletas com passaporte da Rússia e de Belarus a participarem de competições internacionais como atletas neutros em modalidades individuais. O anúncio feito nesta terça-feira (28) pelo comitê executivo do COI, que ainda decidirá se os atletas russos e bielorrussos poderão ou não disputar a Olimpíada de Verão de Paris (2024) e a de Inverno na Itália (2026).
A proibição de atletas de Rússia e Belarus em competições estava em vigor desde fevereiro do ano passado, em decorrência da invasão militar russa na Ucrânia. Ao retornarem aos torneios internacionais, os atletas russos e bielorrussos voltarão a ter chances classificação para Paris 2024.
Em coletiva nesta terça (28), o presidente do COI Thomas Bach defendeu o retorno de russos e bielorrussos às competições.
“Vemos isso quase todos os dias em vários esportes, principalmente no tênis, mas também no ciclismo, em algumas competições de tênis de mesa.”, afirmou o dirigente na sede da sede da entidade, em Lausanne (Suíça). “Em nenhuma dessas competições incidentes de segurança aconteceram”, completou Bach,
De acordo com a agência de notícias Reuters, Bach disse ainda que a política não pode fazer parte das competições esportivas e que os atletas não devem ser punidos por seus passaportes.
Com a aproximação dos Jogos de Paris 2024, é cada vez mais intensa a campanha da Ucrânia para que atletas da Rússia e Belarus sejam excluídos do maior evento esportivo do planeta. Recentemente, o Mundial de Boxe Feminino, que terminou no último domingo (26) – com ouro da baiana Beatriz Ferreira, nos 60 quilos – sofreu boicote de potências como Estados Unidos, Canadá, Suécia e Grã-Bretanha, contrários a participação de russos e bielorrussos.
Segundo a Reuters, nesta terça (28) mais de 300 esgrimistas escreveram a Bach para pedir ao COI que reconsiderasse a permissão do retorno, chamando de “erro catastrófico” caso Rússia e Belarus possam voltar às competições.