Comissionado citado em delação da Lava Jato recebe promoção na CLDF
Um ano após ter o nome envolvido na Operação Lava Jato, o engenheiro Hermano Gonçalves de Souza Carvalho recebeu promoção na Câmara Legislativa. Em abril de 2017, o ex-executivo da Odebrecht João Pacífico apontou Hermano como intermediário designado tanto pelo ex-governador Agnelo Queiroz (PT) quanto pelo ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) para tratar do apoio financeiro da empreiteira à campanha de reeleição da dupla em 2014.
Agora, Hermano teve o contracheque turbinado: ele foi exonerado do Cargo Especial de Gabinete CL-09 para ser nomeado a um CL-12. Na prática, troca o salário de R$ 8.519,20 mensais por um de R$ 11.686,17.
Ex-secretário de Desenvolvimento Econômico da gestão Agnelo, Hermano atualmente está lotado no gabinete do deputado distrital Rodrigo Delmasso (Podemos).
Questionado pela coluna sobre a promoção, Hermano disse que seu histórico profissional comprova a falta de fundamento das denúncias de João Pacífico. “Até agora, não chegou para mim um papel, nada referente a essa história. Se olharem meu currículo, minha vida é ilibada e nunca tive problemas em qualquer lugar onde exerci funções. Eu não tenho nada com isso”, disse.
Por meio da assessoria de imprensa, Delmasso defendeu o servidor. “Passou um ano desde as delações e, até hoje, não houve nenhuma denúncia contra Hermano na Justiça. Ele é um profissional competente e comprometido”, assegurou.
Conforme o Metrópoles revelou, Hermano e seus familiares são donos de um patrimônio milionário no Distrito Federal. Em abril de 2017, ele era proprietário de um bar e um restaurante famosos no circuito gastronômico de Brasília, além de outras empresas.
Reprodução / CLDF