Crimes contra a vida têm maior redução no DF desde o ano 2000

Balanço da SSP revela impacto do trabalho integrado, do uso de tecnologia e da inteligência policial no constante aperfeiçoamento dos processos de gestão

O trabalho integrado, o uso de tecnologia e da inteligência policial, bem como o constante aperfeiçoamento dos processos de gestão da segurança pública do DF vêm mantendo os principais crimes em queda no Distrito Federal. A redução dos crimes violentos letais intencionais (CVLIs) e dos homicídios vem se mantendo desde o início deste ano, no comparativo com 2022, quando o DF atingiu o menor índice de homicídios dos últimos 46 anos.

Nos primeiros dois meses deste ano, o número de vítimas de CVLIs – que englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte – foi 6,5% menor que no mesmo período do ano passado. Em relação ao crime específico de homicídios, em fevereiro, foram registradas 19 vítimas, a menor marca desde 2000, quando foram contabilizadas 42, ou seja, 23 vítimas a menos, mesmo com o aumento da população no decorrer de mais de duas décadas. No comparativo entre os meses isolados de fevereiro de 2022 e 2021, foi observada uma queda de 36,6% no número de vítimas por homicídio, de 30 casos para 19.

“Temos aperfeiçoado, de forma constante, as estratégias e os processos de gestão. Além disso, atuaremos de forma cada vez mais regionalizada, com estudo e análise das microrregiões, permitindo que nosso trabalho esteja cada vez mais próximo da realidade da população de cada região administrativa, para entendermos quais crimes e desordens estão impactando, no momento, a segurança e qualidade de vida da população”, destaca o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.

Crimes contra o patrimônio

Policiamento e monitoramento contribuíram para a redução dos crimes contra o patrimônio | Foto: Divulgação/SSP

Todos os seis crimes contra o patrimônio (CCPs), monitorados de forma prioritária pela SSP, marcam queda em fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2022. Destaque para os roubos em coletivo – que, após uma série de ações específicas envolvendo as forças de segurança, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), representantes de empresas de ônibus, entre outros órgãos, marcou queda de 20,7% em fevereiro e, no bimestre, atingiu redução ainda maior, de 42,9% em relação ao mesmo período do ano passado (de 182 para 104 casos).

O roubo de veículo obteve a maior redução em fevereiro, no comparativo com fevereiro. O índice ficou em 32,2%, de 143 para 97 ocorrências em todo o DF. No roubo a transeunte houve queda de 19%. Os roubos em comércio registraram 3,4% de redução e os ocorridos em residência tiveram três casos a menos: de 23 para 20 mês passado. Os furtos em veículos marcaram queda de 22,9% mês passado em relação a fevereiro de 2022. No acumulado dos dois meses, cinco dos seis CCPs tiveram queda. Os roubos a transeunte (-12,5%), os de veículo (-18,8%), os em transporte coletivo (-42,9%) e os em residência (-13,7%), além dos furtos em veículo (-12,5%).

Violência contra a mulher

Para o mês de março, há uma série de ações previstas pela Segurança Pública para o enfrentamento da violência de gênero. A agenda, que inclui o relançamento da campanha #metaacolher, capacitações e formação de multiplicadores para prevenção da violência doméstica, une-se ao calendário do Governo do Distrito Federal (GDF), lançado na primeira semana deste mês.

Nos dois primeiros meses deste ano, foram registrados sete casos de feminicídios, cinco a mais que no mesmo período de 2022, com dois casos. Em fevereiro deste ano, foram dois casos contra nenhum no mesmo mês do ano passado. Os registros são acompanhados e atualizados por meio da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF) da pasta.

“Fortalecer o trabalho entre órgãos de governo e sociedade civil é essencial para o enfrentamento da violência contra a mulher. Esta é uma questão prioritária. Na Segurança Pública temos um programa específico sobre essa temática, que une diferentes ações para coibir esse tipo de violência. Temos investido em tecnologia para ampliar e integrar cada vez mais os canais de denúncia e a rede de proteção”, afirma o secretário.

*Com informações da SSP

Fonte: Agência Brasília

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Deixe seu comentário