Dayse Amarilio destina R$ 200 mil para fomentar projetos que incentivem a prevenção à violência contra meninas e mulheres em escolas públicas do DF
As unidades de ensino têm até 20 de agosto para realizar a inscrição dos projetos. As 20 iniciativas selecionadas serão premiadas com R$10 mil para realização das ações de prevenção à violência contra meninas e mulheres. O recurso é proveniente de emenda parlamentar e será executado pelas escolas através do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), da SEDF.
Infelizmente, o machismo e o patriarcado, ainda tão presentes em nosso cotidiano, objetificam meninas e mulheres em nossa sociedade. Atenta a essa triste e cruel realidade, a Procuradora Especial da Mulher (PEM) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputada Dayse Amarilio (PSB), decidiu lançar um edital – “O antimachismo como cura do feminícidio” – que contemplará com R$ 200 mil – recursos provenientes de emenda parlamentar, 20 projetos de prevenção à violência contra meninas e mulheres desenvolvidos em escolas públicas do DF.
Para Dayse Amarilio, “a educação é um instrumento de transformação social e a escola é um espaço que possibilita aos estudantes, através do conhecimento, rever o olhar da sociedade sobre determinados temas como questões de gênero e sua relação com a prática da violência contra mulheres”.
“Incentivando projetos que possibilitem que nossos jovens revejam estereótipos que, infelizmente, ainda contribuem para que existam mortes de mulheres por feminicídio reforçamos a importância da escola como um ambiente de prevenção à violência e de propagação de uma educação não sexista, além de reafirmarmos a necessidade de termos esses temas como componentes curriculares”, diz a distrital, que é professora em cursos na área da saúde.
Inscrição e fases da avaliação – As inscrições já começaram. Entre os dias 4 e 20 de agosto as unidades de ensino da rede pública do DF poderão realizar o envio do projeto através do e-mail: editaisdep.dayseamarilio@gmail.com. A divulgação das iniciativas selecionadas acontecerá de 21 a 30 de agosto, por meio da Procuradoria Especial da Mulher da CLDF. Posteriormente, em data a ser divulgada, haverá entrega de moção de louvor à escola e responsáveis pelos projetos selecionados.
Os projetos selecionados serão divulgados em cartilha para que sirva de inspiração a outras unidades escolares e instituições.
Modalidades- Serão selecionados até três projetos na modalidade de educação infantil e anos iniciais, até cinco projetos dos anos finais, até 15 do ensino médio e educação profissionalizante e cinco para as demais modalidades.
Requisitos- Para participar do edital “O antimachismo como cura do feminícidio” as unidades escolares selecionadas deverão ser vinculadas a rede pública de ensino do Distrito Federal e os projetos apresentados devem ser submetidos pela equipe gestora da unidade escolar. Além disso, os projetos deverão ser desenvolvidos por todas as turmas da unidade escolar, mesmo que de forma interdisciplinar.
Outro ponto importante é que os projetos deverão integrar o Projeto Político-Pedagógico da escola e estar adequado às normas educacionais vigentes relacionadas ao tema.
As atividades a serem desenvolvidas nos projetos deverão identificar comportamentos machistas, acolher e respeitar os estudantes como vítimas de um sistema opressor; entender que a questão da violência contra as meninas e mulheres não está nos homens, mas na estrutura; transformar a educação patriarcal rotulista em atividades de autoconhecimento, respeito e liberdade da sua identidade; despertar comportamentos conscientes que criem a responsabilidade por suas ações; ensinar os tipos de violências domésticas que meninas e mulheres podem sofrer; valorizar meninas e mulheres para o enfrentamento das violências e integrar toda comunidade escolar em ações de reflexão e conscientização na busca do antimachismo como cura do feminícidio.
É preciso destacar alguns dos pré-requisitos obrigatórios para que o projeto seja selecionado como a participação dos estudantes e dos profissionais educacionais que fazem parte da organização e/ou coordenação do projeto no projeto Maria da Penha vai às escolas, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDF) e o envolvimento de toda a escola e a comunidade escolar nas atividades que serão desenvolvidas, tais como concursos de desenho, redação, campanhas educativas, projetos interdisciplinares, culminâncias, peças teatrais, oficinas de empreendedorismo, entre outras. Também é preciso que sejam especificadas as atividades de mobilização, conscientização, prevenção e multiplicação das informações relacionadas à prevenção da violência contra meninas e mulheres e feminícidio.
Fonte: Assessoria de Comunicação da deputada Dayse Amarilio
Por Isis Dantas
Imagem: Divulgação/Ascom