Definição das chapas majoritárias fica para a última hora no DF
Políticos ainda não conseguiram firmar alianças de olho nas eleições deste ano. Os grupos devem ser definidos nas convenções, até 5 de agosto
Embora já estejamos no mês de julho, quando começam as convenções partidárias em todo o país, grupos políticos do Distrito Federal ainda patinam, sem conseguir fechar as chapas majoritárias e os cálculos para indicar postulantes às vagas proporcionais. Na tentativa de se cacifarem para a corrida eleitoral de outubro, personagens do mundo político da capital criaram balões de ensaio para testar nomes nos meses anteriores às eleições. No entanto, deixaram para a última hora a definição de quem concorrerá, de fato, cada posto disponível.
A disputa para deputados federais é valiosa, pois cadeiras na Câmara dos Deputados garantem tempo de rádio e TV e verba pública aos partidos. Nesse cenário, as preferências têm sido colocadas em jogo. Mas o xadrez para montar chapas e coligações têm girado, via de regra, para a disputa majoritária: para o Governo do Distrito Federal e Senado Federal.
No cenário brasiliense, ainda há dúvidas a serem sanadas. A vaga de vice, barganhada nas articulações, continua aberta para sete de oito pré-candidatos ao Palácio do Buriti. É o caso do governador Rodrigo Rollemberg (PSB); do ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR); do herdeiro do Giraffas, Alexandre Guerra (Novo); do general Paulo Chagas (PRP); e do deputado federal Izalci Lucas (PSDB).
Neste sábado 30/6), os ex-distritais Alírio Neto (PTB) e Eliana Pedrosa (Pros), que contam com apoio do Patriota, PMN e PTC, decidiram que ela será a cabeça de chapa, tendo Alírio como pré-candidato a vice governador.
O grupo da professora da Universidade de Brasília (UnB) Fátima Sousa (PSol) foi o primeiro a definir o número dois na corrida ao Buriti, a assistente social Keka Bagno.
Indefinições
Outras pedras no caminho ainda devem ser superadas. A terceira via, que inicialmente havia anunciado integração de 12 partidos, agora sobrevive com seis e tenta convencer que permanecerá firme: por enquanto, contudo, só decidiu que Izalci concorre a governador e Cristovam Buarque a uma das duas vagas às quais o DF terá direito, na próxima Legislatura, no Senado Federal.
Do outro lado do tabuleiro político, o postulante petista ao governo do Distrito Federal só deve ser anunciado no fim de julho. Os interessados são os economistas Júlio Miragaya e Afonso Magalhães.
Um assunto que tem causado insônia nos bastidores é a indefinição do PDT. O articulador do partido no DF e presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Joe Valle, quer estar ao lado de Jofran Frejat, mas não encontra espaço para concorrer ao Senado na chapa formada pelo PR, Progressista, DEM, MDB e Avante.
Se o que indica o cenário nacional for replicado na capital da República, há chance de o PDT fechar com o PSB, sigla a qual pertence Rollemberg. Mas Joe Valle reluta a aceitar o destino na capital. Coloca Rollemberg como última opção a se coligar.
As coalizões em formação ainda tentam encontrar o melhor caminho para ir às urnas. A previsão é de que as alianças sejam fechadas a poucos dias das convenções. Os eventos nos quais são escolhidos os candidatos e coligações ocorrem entre 20 de julho e 5 de agosto. As siglas têm até às 19h de 15 de agosto para apresentar o requerimento de registro das candidaturas à Justiça Eleitoral.
Fonte: Metrópoles
Foto: Reprodução/Cidade Brasília