Deputado Afonso Hamm, de olho na política sem se descuidar da produção de uvas

 

O deputado Afonso Hamm (PP-RS), que volta à Câmara dos Deputados, com seu quarto mandato, com cerca de 100 votos mil, é produtor e não abandona sua atividade rural. Durante o recesso parlamentar, o descanso foi atuar forte em sua propriedade, em Bagé, principalmente, na produção e colheita de uvas e oliveiras. “Fico feliz em também, mesmo estando como deputado, que é uma passagem, manter a minha atividade no campo”. O deputado produtor de uvas, a 20 anos, , fornece uvas para diversas vinícolas gaúchas , entre elas, as Casas Perini, (Benildo Perini), a Guatambu, (Zé Valter).Também forneço para a Batalha do Seival, que é uma das empresas novas estabelecida hoje em Candiota, onde  ocorreu a batalha do Seival onde o general Antônio de Souza Netto proclamou a independência do Rio Grande. Hamm comemora que hoje “temos uma nova matriz produtiva no Estado, são as oliveiras. A produção de azeite está crescendo muito. Nós somos 100% importadores e agora já estamos produzindo”, festejou.

Sobre seus projetos nesta nova jornada na Câmara dos Deputados, Afonso Hamm, acentua que apesar de seu conhecimento na área da agricultura onde atua muito, dedica boa parte de seu mandato para a saúde. Ele esteve com a secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, em reunião com o ministro Luiz Henrique Mandetta, justamente com o do ministro da Cidadania, Osmar Terra, que é médico, onde tratou de assuntos de interesse do Estado na área da Saúde, como a liberação de recursos de emendas parlamentares e o funcionamento do Hospital Regional de Santa Maria. Entre elas, emendas dos deputados Afonso Hamm, no valor de R$ 2,1 milhões, e Covatti Filho, de R$ 800 mil, para Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do Estado.

Frente da Agropecuária

De parte da agricultura, destacou a ação rápida da Frente Parlamentar da Agropecuária, do deputado Alceu Moreira, junto com a ministra Tereza Cristina, na tarifa antidumping do leite que traria enormes prejuízos aos produtores. “Nós nos articulamos muito rápido, tivemos uma solução, agregou uma sobretaxa de 14%, caiu o antidumping mesmo, mas conseguimos manter uma taxa de importação de 42% para evitar entrar esse leite em pó que prejudica o nosso produtor de leite e toda a nossa cadeia produtiva”.

Problemas no Mercosul

19“Temos um problema no Mercosul, porque 97% da importação é do Mercosul via Uruguai, Argentina, onde por causa das taxas diferenciadas não tem como competir”, enfatizou Hamm. Disse que pediu ao líder do PP, Arthur Lira, sua indicação para o Parlasul, o Parlamento do Mercosul. Segundo o deputado, “as grandes discussões, hoje a tarifa é zero, não é, de importação dos vinhos; que sou presidente da Frente da Uva e do Vinho, uma frente parlamentar importante, um seguimento. ” Argumenta: “nós temos a importação do leite, a importação do arroz, temos uma balança desequilibrada, porque o custo de produção com os insumos brasileiros, com a máquina, com o trator produzido no Brasil, os pneus produzidos no Brasil, os insumos produzidos no Brasil, e lá o produtor dos países do Mercosul, Argentina, Paraguai e Uruguai, produzem com 20, 30% de custo menor. Não tem como competir. ” O deputado do Partido Progressista defende um livre mercado, livre trânsito para o Mercosul, e livre insumos. “É uma pauta que vai ajudar o leite, o arroz; e outros produtos”.

Segurança no campo

Afonso Hamm tem se reunido com o ministro Onyx Lorenzoni buscando fortalecer o apoio do governo à segurança no campo, assunto que vem sendo discutido intensamente na Frente Agropecuária. “O porte rural de armas. Ele lembra que já o autor da Lei do Abigeato que em dois anos, reduziu o abigeato em 47%; no Rio Grande do Sul, quase a metade, com a força tarefa da Polícia Civil, em ações integradas com a Brigada Militar. O deputado fez um balanço do resultado: “nós temos hoje, 29 quadrilhas desarticuladas, 260 presos, porque o crime é inafiançável. Da mesma forma que fizemos uma lei importante do abigeato, que está ajudando o nosso produtor rural, o nosso pecuarista, o nosso produtor de leite, o nosso ovinocultor, os nossos equinos, os criadores de cavalos também são prejudicados, nós agora queremos propiciar o porte rural nos limites da propriedade”.

Migração da criminalidade

“Não é armar o campo, é proteger quem vive, trabalha e produz no meio rural”, acentua Afonso Hamm chamando a atenção para o fato de que “a criminalidade que migrou para o interior do interior. E hoje as pessoas estão desprotegidas, e não é com habilitação, é com responsabilidade; não pode ter antecedentes criminais, tem que ser maiores de 21 anos que saibam e passam por um treinamento e habilitação”.  Na opinião do parlamentar, “isto vai ajudar, porque lá no interior não há comunicação, o celular não tem sinal, as autoridades policiais não chegam; e nesse Brasil nós temos aí em torno de 30 milhões de residentes rurais: produtores, agricultores, trabalhadores que estão desprotegidos. Por isso, nós precisamos”.

Porte rural de armas

Para o congressista, a grande novidade é que, na reunião de líderes, “nós já conseguimos as assinaturas para votar a urgência do PL 6717 de 2016, que é o projeto mais avançado e nivelado do quê que é o porte rural de armas, que já passou em todas as comissões de mérito: Comissão de Agricultura, Comissão de Segurança Pública, e nós queremos agora votar e buscar o apoio para oferecer esta condição de segurança para os agricultores, produtores e trabalhadores rurais”, concluiu.

Lei Kandir

Uma solução para a Lei Kandir, afirmou Afonso Hamm, é um trabalho que vem sendo desenvolvido por parlamentares e lideranças dos diversos setores, junto às autoridades federais. Na última semana tivemos reuniões com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e depois outras reuniões importantes com a presença do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Luiz Augusto Lara, junto com mais de 20 deputados estaduais, além da bancada gaúcha, junto com o coordenador, Giovani Cherini, com todos os deputados. Foi uma reunião muito boa de encaminhamento, porque nós precisamos de solução; nós temos que resolver o passado e temos que projetar o futuro. Então o presidente disse que é mais fácil organizarmos o futuro, que que temos que refazer a Lei Kandir, para que nós possamos estabelecer os índices e os percentuais de taxas de exportação, que não podem ser elevadas demais e não pode haver duplicidade, triplicidade de tributo e impostos. Isso tira a capacidade competitiva do Rio Grande do Sul, e principalmente do agronegócio. ”

Encontro de contas

E por outro lado, é impossível pagar uma dívida de 350 milhões ao mês para a União, prevê Hamm fazendo o cálculo: “uma dívida que foi de 10 milhões iniciais, há 10 anos; que nós já pagamos 27 bilhões, e que esta dívida ao ser cerceada por três anos agora, ela já está em mais de 80 bilhões. Com os juros estão indexados e os fatores de correção, é absolutamente impossível, inviável. Então nós precisamos fazer um encontro de contas, inclusive através da própria Lei Kandir, que o governo do Estado do Rio Grande do Sul tem créditos, e uns dizem que nós temos mais créditos do que estamos devendo. E na verdade é um problema de solução difícil, mas que o governo Bolsonaro vai ter junto a área econômica, que encarar”.

Organizar o futuro

Na avaliação do deputado Afonso Hamm, são duas equações: organizar através da Lei Kandir o futuro, e resolver essa questão de endividamento, que é o que poderá ajudar sensivelmente o Estado do Rio Grande do Sul a retomar o patamar de crescimento, que é viabilizar esse encontro de contas e zerar essa dívida que o Rio Grande do Sul é credor, e não devedor.

Venda do Banrisul

Para Hamm, a venda do Banrisul é uma exigência do governo passado. O parlamentar acha que deve haver uma discussão mas acredita que “o banco é um banco viável, um banco que é estatal, mas que tem ações, e é um banco que dá uma resposta muito grande. Acho que o governo deveria agir, se ele estivesse dando prejuízo, se ele fosse o problema do Rio Grande do Sul, pelo contrário, o Banrisul ele ajuda a alavancar, ele ajuda a fomentar o desenvolvimento, ajuda no crédito. Então não é, privatizando o Banrisul que vamos ter solução. ”

Sem sucatear segmentos

Na opinião de Afonso Hamm, “até foi inteligente de parte do governo passado, mas como agora temos um governo novo, uma área econômica nova, eu acredito que não vá ser exigência, nem tem cabimento. ”  Seguindo o deputado, “eu acho que é necessário privatizar, é necessário o Estado sair de algumas áreas, mas também não pode sucatear seguimentos e depois dar de graça para a iniciativa privada. Temos que lembrar que as nossas empresas foram construídas com muita dedicação, com muito suor, muito trabalho e muito investimento por parte de toda a população gaúcha.

Tom adequado

O congressista alerta que “não é privatizar tudo de uma hora para a outra. Tem uma pauta aí liberal, eu acredito que ela tem que ser no tom adequado”. O deputado sugere que “nós temos que privatizar, passar para terceiros, as estradas, os investimentos, mas temos áreas importantes que são estratégicas, e o Banrisul, na minha opinião, ele não dá prejuízo, pelo contrário, ele fomenta o Estado. ” Na avaliação do parlamentar, é uma exigência pouco inteligente do governo federal e que nós temos que fazer o convencimento e aí ajudar o governador Eduardo Leite a achar a retomada do desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul. Por isso que a pauta hoje aqui sobre Lei Kandir foi fundamental, porque nós precisamos renovar a lei e restabelecer exatamente os índices e as taxas, nas exportações, ” assinalou

Reforma da Previdência

O governo deve apresentar ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira (20) uma nova proposta da reforma de previdência. O deputado acha necessária a reforma da previdência, alerta, entretanto, que “ela tem que ser feita com todos os agentes. A proposta que estava aí do governo passado, do presidente Temer, eu me posicionei contra, porque ela não contemplava a todos; e também não foi discutida com profundidade com todos os seguimentos da sociedade.

Projeto novo

“Hoje, tem um projeto novo, a gente não conhece ainda o texto, só tem informações, afirma Hamm. Ele defende que a idade deve ser ajustada, a diferença entre homem e mulher ela deve permanecer, não sei se o degrau vai ser o mesmo, de cinco anos. Tudo são coisas importantes, tem coisas, por exemplo, aposentadoria rural, o rural não tem condições de trabalhar 60 anos de sol a sol; é uma aposentadoria especial, é uma contribuição pequena, mas é graças ao nosso agricultor, especialmente o pequeno, esse trabalhador rural, o pequeno agricultor, que dão uma base de sustentação do agronegócio que é a âncora de quem permanece no meio rural produzindo”, justifica. “E se nós não tivermos um carinho especial com pessoas que ficam ao rigor do sol e ao rigor do inverno, como é no Rio Grande do Sul, como é que pessoas vão dar ainda uma contribuição tão grande e ter uma aposentadoria com 50 anos de idade! Então, são aposentadorias especiais, então eu defendo isso. ”

Projeto equilibrado

Para o deputado Progressista, “ não é passar uma régua simplesmente, temos a área da segurança com os riscos, temos a área da educação, temos que incluir as forças armadas, tem que incluir o judiciário, tem que incluir o legislativo, tem que haver sacrifício de todos. Então eu acho que tem que aprofundar”. O parlamentar recorda que é a reforma proposta pelo presidente Temer ela foi, vamos dizer assim, pressionada sem a devida discussão. Eu acho que nós temos que agora conhecer o texto e trabalhar em cima dele. Eu tenho a disposição de votar nesta situação, desde que efetivamente venha a ser esta proposta e esse projeto equilibrado; que dê garantia de quem é aposentado receber a sua aposentadoria. Hoje quem se aposentada com três, quatro salários, passados cinco, seis, oito anos, ele está ganhando um, ele perdeu 2/3. E hoje eu digo que o aposentado concorre com o seu filho e com o próprio neto, ele tem que seguir trabalhando até morrer porque a sua aposentadoria não lhe dá garantia e ele tem que continuar no mercado de trabalho, tirando o espaço dos jovens. Eu acho que nós temos que ter uma aposentadoria real onde você realmente faz um planejamento da sua vida e pode fazer um planejamento para os próximos 15, 20 anos, quando você está aposentado com sustentação”, defende.

Receita e controle

‘E isso passa por um equilíbrio, que tem que haver receita suficiente, tem que haver controle para ver o déficit, tem a parte social que eu acho que está desequilibrada, tem que fazer o social não precisa ser na dimensão que está hoje,” frisa Afonso Hamm, assinalando que que deve haver “o  estimulo do emprego; estimular a formação, estimular o cenário de desenvolvimento; porque com o crescimento do país todos vão crescer, e o que está na frase de transição para se aposentar vai poder também, talvez na forma adequada, talvez com um pouco mais de tempo.”  Para o deputado, é necessário que “os jovens e quem está no mercado de trabalho, tenham o seu planejamento de vida e principalmente ao longo do seu ciclo final de vida. Então eu acho que mexer com a vida das pessoas, tratar da seguridade social, da aposentadoria, é de muita responsabilidade. ” O Deputado Afonso Hamm anuncia sua tem disponibilidade de votar, “mas votar num texto equilibrado, aí vai ter o meu apoio. ”

Prejuízos na viticultura

Afonso Hamm anunciou que estão sendo realizadas reuniões junto com a Ibravin-Instituto Brasileiro do Vinho e autoridades federais, na busca de uma solução imediata para o problema do 24D, que é uma contaminação de um produto usado no controle de ervas daninhas na soja, mas que está trazendo prejuízos na viticultura, e outras atividades. “Nós estamos buscando a restrição do uso do produto, porque é um produto que tem substituição. Não vamos prejudicar a soja, mas não podemos prejudicar os parreirais e também prejudicando toda a fruticultura, de maneira geral”.

 

Fonte: Blog Edgar Lisboa

Foto: Reprodução

 

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