Desgoverno de Rollemberg utilizou apenas 22,5% dos recursos para o combate à dengue
Apenas em 2019 já foram registradas sete mortes por conta da doença
Responsável pela tarefa de detectar e propor ações de combate a doenças, entre elas a dengue, a Vigilância Epidemiológica do Distrito Federal teve os recursos reduzidos em oito anos. No período em que Rodrigo Rollemberg (PSB) esteve à frente do Palácio do Buriti, entre 2015 e 2018, foram utilizados apenas 22,5% da dotação autorizada para investimentos no órgão. Em seu governo, Rollemberg possuía cerca de R$ 76 milhões previstos para investimentos na Vigilância Epidemiológica, mas empenhou somente R$ 17,2 milhões.
Em comparação, no ano de 2014, o investimento em vigilância epidemiológica foi de R$ 29 milhões e em 2018 caiu para R$ 2,3 milhões no ano.
Essas informações, passadas pelo Sistema Integral de Gestão Governamental (Siggo), aparecem num momento de crise, em que o DF registrou 7 mortes por dengue apenas neste ano.
Segundo o boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde no início desta semana, o DF possui 5.759 notificações da enfermidade em 2019, sendo 4.971 considerados casos prováveis. Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 16 de março deste ano, a unidade federativa registrou aumento de 528% nos casos da doença, em comparação com o mesmo período de 2018.
Apoio
Após a divulgação da sétimo morte em decorrência da dengue, o governador Ibaneis Rocha (MDB) solicitou ajuda do Exército para o combate da doença. Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, a epidemia de dengue neste ano se deve também a falta de investimentos para o combate da doença durante a era Rollemberg. “No caso da dengue, a população também tem responsabilidade, mas quando um governo não coloca em prática os recursos destinados à prevenção, esse reflexo vai aparecer sim nos meses posteriores. E é lamentável que tenha mais essa sequela do desgoverno de Rollemberg”, diz Marli
Fonte: SindSáude DF – Imagem: Peter Neylon