Dólar fecha em R$ 5,11 e tem primeira queda semanal em julho

Na semana, queda chegou a 2,66%; Ibovespa recuou 1,18% ontem

Num dia de volatilidade no mercado financeiro, o dólar fechou praticamente estável, depois de passar a maior parte do dia em queda. Mesmo assim, a divisa teve o primeiro recuo semanal em julho. Influenciada pelo cenário externo, a bolsa de valores caiu pela segunda vez consecutiva e reverteu os ganhos dos últimos dias.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (16) vendido a R$ 5,115, com alta de apenas 0,01%. A cotação operou em queda na maior parte do dia, chegando a cair para R$ 5,07 na mínima da sessão, por volta das 14h. A moeda, no entanto, reagiu ao longo da tarde e fechou na estabilidade.

A divisa encerrou a semana com queda de 2,66%, a primeira baixa após duas semanas seguidas de valorização. Em julho, o dólar acumula alta de 2,86%.

O mercado de ações teve um dia mais pessimista. O índice Ibovespa, da B3, fechou esta sexta aos 125.960 pontos, com recuo de 1,18%. O indicador chegou a operar em alta até por volta das 12h30, mas reverteu o movimento, influenciado pelo cenário externo.

Em relação ao dólar, tanto o cenário doméstico como fatores internacionais influenciaram o câmbio. A divulgação de que as vendas no varejo subiram 0,6%, em junho, nos Estados Unidos, fez a moeda norte-americana subir em relação às principais divisas do planeta.

O bom desempenho da economia norte-americana pode fazer com que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) antecipe o fim dos estímulos concedidos por causa da pandemia de covid-19. No entanto, a alta no preço das commodities (bens primários com cotação internacional), a recuperação da atividade econômica e a expectativa de que o Banco Central brasileiro continue a aumentar a taxa Selic seguraram a alta do dólar no Brasil.

A bolsa de valores não teve o mesmo movimento. Influenciado pela queda das bolsas norte-americanas, o Ibovespa não sustentou os ganhos do início do dia e teve a segunda sessão seguida de queda.

*Com informações da Reuters.

Foto: Reuters/Paulo Whitaker

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