“É uma guerra”, diz ministro da Defesa sobre combate ao coronavírus
O general acompanhou ontem ações do Comando do Leste no Rio
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, acompanhou ontem (16), no Rio de Janeiro, ações do Comando Conjunto do Leste de combate ao coronavírus. Em conversa com jornalistas, o general do Exército destacou a integração de sua pasta com o Ministério da Saúde desde o início da crise.
“Para vocês terem uma ideia, as Forças Armadas empregaram, no dia de ontem, cerca de 29 mil militares para ajudar no combate a esse inimigo feroz, que é o coronavírus”, disse o ministro. “É uma guerra, e as Forças Armadas estão nela.”
Azevedo e Silva afirmou que a atuação vem desde a operação para a repatriação dos brasileiros que estavam em Wuhan (China), em fevereiro, até a desinfecção de áreas públicas, reforço à faixa de fronteira e operações logísticas.
O ministro avaliou que o Brasil e os demais países deverão repensar, no futuro, sua dependência em relação a produtos estratégicos, como os da área de saúde.
“Passada essa fase que estamos vivendo, vamos ter que repensar. O mundo vai ter que repensar. A gente vai ter que diversificar as coisas estratégicas nossas. É um trabalho que já está sendo coordenado pela Presidência da República. A Casa Civil já tem um grupo de trabalho instituído para começar a pensar isso.”
Em visita à sede do Comando Militar do Leste, o ministro foi apresentado a ações que vêm sendo desenvolvidas pelos militares nos estados de Minas Gerais, do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Segundo o porta-voz do Comando Conjunto do Leste, coronel Carlos Diego Barros, 4,5 mil militares foram mobilizados para atuar no combate ao coronavírus nos três estados.
Os militares do Exército realizaram hoje, na Central do Brasil, a desinfecção de veículos do trem e metrô, enquanto equipes da Marinha fizeram o mesmo trabalho no Veículo Leve sobre Trilhos. Os militares também já atuaram em campanhas de vacinação e no apoio logístico às três unidades da federação.