Eduardo Girão defende julgamento de corrupção e caixa dois pela Justiça Federal

Em pronunciamento nesta terça-feira (12), o senador Eduardo Girão (Pode-CE) defendeu a competência da Justiça Federal para julgar os crimes de caixa dois em campanhas eleitorais. O senador destacou a importância de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que decidirá se crimes comuns, cometidos em conjunto com crimes eleitorais, devem ser julgados pela Justiça Federal ou encaminhados à Justiça Eleitoral.

De acordo com Eduardo Girão, o país está em alerta para o julgamento, marcado para esta quarta (13). No seu entendimento, disso depende a continuidade da Operação Lava-Jato, de combate à corrupção e à impunidade.

— Tudo o que foi construído no passado recente em termos de combate à corrupção, incluindo a prisão de políticos e empresários, tudo isso está em jogo amanhã. Para os procuradores da República, responsáveis pela Lava-Jato, as investigações em curso estão seriamente ameaçadas — afirmou.

Eduardo Girão disse que o submundo do colarinho branco, da corrupção e do desrespeito à ordem jurídica vigente terão muito o que comemorar e esperam que a STF lhes seja favorável, caso decida encaminhar os processos para a Justiça eleitoral.

O senador criticou ainda as “tecnicalidades jurídicas” e disse que a torcida pela investigação dos crimes pela Justiça eleitoral esconde “propósitos inconfessáveis”.

— Em março, a Lava-Jato completará cinco anos, com balanço extremamente positivo para a limpeza que está ocorrendo no país. A investigação dos crimes exige estrutura e profissionais especializados, aparto que é muito limitado na Justiça eleitoral. A consequência dessa transferência será, portanto, a perda da efetividade das investigações e a impunidade dos criminosos. Esse é o posicionamento do Ministério Público Federal, com o qual concordamos — concluiu.

Fonte: Agência Senado – Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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