Eleições 2018: cinco desafios educacionais do próximo governo

 

Ampliar o acesso ao ensino superior está entre os desafios educacionais do próximo presidente

A poucos dias do primeiro turno das Eleições 2018, em 7 de outubro, cresce a preocupação com as propostas dos presidenciáveis à Educação, tema estratégico para o desenvolvimento do País, segundo os próprios candidatos, e reconhecido pela sociedade.

A equipe do Quero Bolsa, maior plataforma de inclusão de estudantes no ensino superior do País, aproveita este importante momento político para fazer uma análise de como a educação está inserida neste contexto.

“O mercado superior brasileiro está em grande parte nas mãos da iniciativa privada, 88% das instituições de ensino superior são particulares. Sabemos que o valor da mensalidade é o principal obstáculo ao acesso e que o financiamento público está cada vez mais restrito, já estamos vendo uma redução no número de matrículas, o que deve ser confirmado pelo próximo Censo da Educação Superior”, afirma Marcelo Lima, diretor de Relações Institucionais do Quero Bolsa.

Pesquisa recente realizada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) mostra que 93% da população atribui ao governo a responsabilidade de desenvolver políticas que estimulem e viabilizem a continuidade do fluxo de formação educacional ao nível superior e 80% acreditam que as faculdades particulares são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil e deveriam receber mais apoio do Ministério da Educação.

Nos últimos anos, contudo, programas estudantis do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), usado para ampliar o ingresso de estudantes no ensino superior privado, têm sofrido cortes e visto a adesão cair por receio do desemprego entre os jovens em idade para cursar o ensino superior. Diante da incapacidade do governo em prover, de forma adequada, o acesso à educação superior é que a plataforma Quero Bolsa consolidou sua atuação como uma iniciativa privada de alto impacto social graças à missão de ajudar os interessados a ingressar nas universidades com descontos significativos nas mensalidades.

Como plataforma de informações relevantes sobre a Educação, o Quero Bolsa analisou as Diretrizes de Políticas Públicas para o Ensino Superior Brasileiro, divulgadas pelo Semesp, em combinação com as Propostas dos presidenciáveis para a educação brasileira, elaborado pela ABMES. Abaixo, uma lista com as cinco questões fundamentais ao sistema de ensino superior que devem ser privilegiadas pelos candidatos em suas propostas:

  1. Ampliar o acesso à educação superior com ênfase em programas de inclusão social

O Brasil mantém uma taxa percentual de jovens entre 18 e 24 anos matriculados no ensino superior muito baixa, de apenas 18,5%, conforme dados do Censo da Educação Superior de 2016. Uma das metas do atual Plano Nacional da Educação (PNE) é de elevar esta taxa para 33% até 2024.

É preciso ampliar o alcance do Prouni (Programa Universidade Para Todos) e também estimular as faculdades privadas a competir por alunos, visto que elas representam 88% das 2.407 Instituições de Educação Superior (IES) existentes no País, de acordo com o Censo, oferecendo cursos de melhor qualidade a preços menores e ainda expandir os programas de inclusão de alunos, como o Quero Bolsa.


Foto: Esther Tuttle/Unsplash

  1. Estimular a inovação na educação superior

Ainda segundo o documento da ABMES, o Banco Mundial divulgou que apenas 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional são investidos na educação. Em 2015, o governo federal investiu aproximadamente 0,7% do PIB na educação superior.

Se faz necessário estimular parcerias entre universidades, institutos, empresas e empreendedores para fomentar a pesquisa e a inovação; ampliar os investimentos em ciência e tecnologia; além de investir em projetos de desenvolvimento e aplicação da inovação tecnológica.


Foto: Ousa Chea/Unsplash

  1. Fomentar a formação tecnológica para atender às novas profissões

Por meio do estímulo à inovação, as instituições serão capazes de desenvolver novos ambientes que potencializem a aprendizagem dos alunos. Deve-se priorizar a educação tecnológica para capacitar os alunos a se tornarem profissionais mais qualificados que acompanhem as tendências do mundo digital e as demandas em carreiras inovadoras.


Foto: Diana Macesanu/Unsplash

  1. Investir na formação de professores e incentivar a carreira docente

Está em implementação o aumento de 3 para 4 anos na duração da formação do professor, mas também é preciso modernizar o currículo para haver conexão com as novas tecnologias a serem utilizadas em sala de aula.

Todos sabem da importância da valorização do professor, mas o fato é que isto deve se concretizar na elevação dos salários. Valorizar a carreira docente irá atrair profissionais mais capacitados para as salas de aula. Isto, somado às melhorias das condições de trabalho; aos processos adequados de formação e seleção de profissionais; à elaboração de planos de carreiras; e a viabilização da capacitação contínua de gestores e professores para incentivar a carreira docente.


Foto: Rawpixel/Stock Snap

  1. Fortalecer a educação a distância (EAD)

A educação a distância deve ser vista como um importante instrumento de acesso ao nível superior, ainda mais se considerada a extensão territorial do País comparada à oferta de vagas em regiões mais remotas. É preciso ampliar e difundir a oferta de cursos a distância.

Com crescimento considerável a cada ano, a modalidade EAD é um representativo fator de capacitação de profissionais de forma dinâmica e flexível, tanto para o professor quanto para o aluno, por intermédio de recursos tecnológicos que promovem a revolução no processo de aprendizagem.


Foto: Trent Erwin/Unsplash

O Quero Bolsa entrevistou alguns dos candidatos à Presidência sobre suas propostas na área de Educação, confira o projeto Voto pela Educação.

 

Fonte: ADS Comunicação Corporativa – São Paulo/SP

Fotos: Divulgação

 

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