Em congresso em Minas, Pimentel vira alvo e Anastasia é aplaudido

 

Pré-candidatos ao governo do Estado responderam perguntas e discursaram durante o evento

Pela primeira vez reunidos lado a lado para responder perguntas e discursar, os pré-candidatos ao governo de Minas Gerais atacaram a ausência do governador Fernando Pimentel (PT) no 35º Congresso Mineiro de Municípios e defenderam ajuste fiscal no estado, que enfrenta grave crise financeira.

Mais aplaudido pela plateia de prefeitos e vereadores, o senador Antonio Anastasia (PSDB) afirmou que os municípios devem ajudar a reconstruir o estado. “Não é essa Minas que queremos, mas uma Minas que atenda os municípios e os cidadãos”, disse.

Durante seu discurso, houve gritos na plateia a favor e outros criticando o senador Aécio Neves (PSDB), que é réu no Supremo Tribunal Federal e não vem participando dos eventos de campanha de Anastasia.

Anastasia e também o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à Presidência, têm buscado se descolar da imagem de Aécio quando questionados sobre o assunto. Segundo eles, cabe a Aécio decidir se será candidato à reeleição neste ano.

Pré-candidato à reeleição, Pimentel não compareceu ao evento. Em sua agenda, consta uma reunião com bancos e investidores em São Paulo.

Ele foi criticado pela gestão da crise fiscal do estado, que vem atrasando e parcelando salários de servidores, além de não fazer os repasses devidos aos municípios.

“A um governo ausente corresponde um governador ausente e uma cadeira vazia”, disse o pré-candidato João Batista dos Mares Guia (Rede).

“O governador não teve coragem de vir a esse congresso, porque aqui ele seria vaiado”, disse o vice-governador Antônio Andrade (MDB), também pré-candidato. Andrade e Pimentel estão rompidos desde 2016, e o emedebista não faz parte do governo.

Participaram ainda Márcio Lacerda (PSB), Romeu Zema (Novo), Dirlene Marques (PSOL) e Rodrigo Pacheco (DEM).

Um painel eletrônico instalado no evento mostrava a dívida do governo com cada cidade mineira, separando ainda a destinação do recurso: saúde, assistência social e transporte escolar.

A retenção de repasses aos municípios gerou um embate entre prefeitos e o governo -o caso está em análise no Tribunal de Contas do Estado. Segundo a associação de municípios, a gestão Pimentel deve R$ 5,9 bilhões aos prefeitos.

Com informações da Folhapress.

 

Fonte: Notícias Ao Minuto

Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

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