Em entrevista, Joe Valle indica: está mais a Frejat que a Rollemberg
Um dos nomes considerados importantes para as eleições de 2018 é o do distrital Joe Valle (PDT), que atualmente preside a Câmara Legislativa. Não necessariamente o cargo ao qual ele pretende se candidatar.
O próprio deputado diz que na política há que se respeitar o rito da fila e dos acordos, e que sua vez de se lançar ao governo pode não ter chegado. Mas a participação de Joe, que pode se tornar fundamental em outubro de 2018, se dará pelas alianças que o pedetista estiver disposto a fazer e as composições que, eventualmente, rejeitar.
Em entrevista ao Metrópoles, o presidente do Poder Legislativo no Distrito Federal dá sinais de que se as eleições fossem hoje, ele estaria mais a Jofran Frejat (PR) que a Rodrigo Rollemberg (PSB), embora não haja ainda nem sombra de um acordo formal nesse sentido.
Ao dizer que toparia fazer parte do mesmo grupo político de Frejat, Joe Valle comenta com naturalidade e aprovação a possível influência do ex-governador José Roberto Arruda nesta composição. Sem tocar nos problemas judiciais que marginalizam Arruda no processo eleitoral, o deputado afirma que o ex-governador não poderia ter comando na futura gestão, mas que, no âmbito consultivo, sua presença seria bem-vinda.
De objetivo até agora, tem o ranço que o deputado pegou de sua relação com o governo – ao qual chegou a fazer parte como secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos – e a simpatia por um projeto gerido no campo da oposição a Rollemberg.
“A fila, o acordo e o gesto”
O presidente crava que o único cargo ao qual não gostaria de concorrer é o de deputado distrital. E se coloca como nome na disputa a um mandato federal, ao Senado, a vice-governadoria ou, até mesmo, ao próprio governo – desde que haja um entendimento dentro do grupo de que sua hora chegou. “Na política, tem três pilares que eu respeito: a fila, o acordo e o gesto”.
Convicto de que Rollemberg descumpriu o acordo que lhe garantiria “pertencimento” ao GDF, o gesto de Joe Valle agora é o de afastamento. Em seu segundo ano como presidente da Câmara Legislativa, o deputado promete acabar com privilégios na Casa e reduzir os gastos de funcionamento da estrutura.
Hoje, o orçamento disponível ao Poder Legislativo bate a marca dos generosos R$ 500 milhões. Joe Valle prevê que as despesas sejam de, no máximo, R$ 350 milhões em 2018. Para o chefe do Legislativo local, é perfeitamente possível um distrital ser atuante sem se valer de verba indenizatória, cotas de Correio, carros oficiais, motoristas. Ao Metrópoles, ele se comprometeu em dar o exemplo.
Fonte: METRÓPOLES