Em evento no PSB, Rollemberg apresenta chapa que disputará as eleições

 

Coligação foi batizada de Brasília de Mãos Limpas. Governador alfinetou antecessores, mas não citou casos de corrupção do próprio governo

O governador e candidato à reeleição ao Palácio do Buriti, Rodrigo Rollemberg (PSB), apresentou sua chapa completa, composta por PSB, PV, PCdoB, PDT e Rede, na noite desta segunda-feira (6/8). A coligação foi batizada como Brasília de Mãos Limpas.

O socialista aproveitou o momento da apresentação para alfinetar seus antecessores. Com discurso anticorrupção, Rollemberg disse que daria para construir 17 unidades de saúde nos moldes do Hospital da Criança com o dinheiro gasto na obra do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

“Nosso estádio custou R$ 1,7 bilhão e hoje é alvo de várias investigações e processos. Nós, recentemente, entregamos um hospital com o que há de mais moderno, com 202 leitos, sendo 38 de UTI pediátrica – o Hospital da Criança –, que custou R$ 106 milhões. Ou seja, estamos falando de 17 hospitais com o preço de um estádio. Esse é o preço da corrupção”, disparou.

Rollemberg não citou em seu discurso, no entanto, os escândalos de corrupção estourados sob sua gestão. No fim de julho deste ano, a Operação Monopólio desvendou esquema sofisticado de fraude em licitações, em administrações regionais da capital – órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). Entre os presos, estavam servidores de segundo e terceiro escalões das administrações do Gama e de Águas Claras.

Em março, a casa do então diretor-geral do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Léo Carlos Cruz, foi alvo da ação intitulada Trickster. Logo depois, o gestor foi exonerado da função.

Após o evento, a assessoria da campanha de Rollemberg defendeu, em nota, que o nome da coligação “é absolutamente correto para a composição da chapa formada por homens e mulheres íntegros, com uma vasta experiência profissional e administrativa e que não envergonham a cidade”.

Disse ainda “se adequar perfeitamente a um governo que combateu incessantemente a corrupção, acabando com procedimentos corriqueiros na administração pública do Distrito Federal e que levaram vários agentes políticos a serem presos”.

Segundo a equipe, qualquer denúncia ou irregularidade é “imediatamente investigada, e os responsáveis são prontamente afastados de suas funções públicas até que se cesse a apuração”. O comunicado afirmou que “a maioria das recentes operações policiais ocorreram a partir de resultados de apurações internas da Controladoria-Geral do Distrito Federal e das respectivas secretarias, como é o caso do DFTrans”.

Partidos em posição
Mais recente agregado da formação, o PDT sairá na disputa pela Câmara Legislativa (CLDF) em coligação com o PV, de acordo com o socialista. Além disso, o procurador ex-controlador-geral do Distrito Federal Djacir Arruda (PDT) ficou com a segunda suplência do Senado do deputado distrital e postulante a senador Chico Leite (Rede).

À frente de Djacir está o empresário Álvaro Silveira Júnior (PSB). Inconformados com a aliança, os distritais do PDT não compareceram ao evento. Outra ausência foi a do presidente regional da sigla, Georges Michel.

A corrida pela CLDF será dividida em três: PV e PDT; Rede e PCdoB; e PSB sozinho. “Temos uma nominata forte o suficiente”, destacou Rollemberg. A expectativa é aumentar a base governista na Casa em caso de um segundo governo e garantir a união durante toda a gestão, diferentemente do que ocorreu na atual. “Hoje os partidos que estão conosco têm longa trajetória de coligação com o PSB”, enfatizou.

Será só uma chapa na briga pela Câmara dos Deputados: são dois candidatos do PV; dois do PCdoB; dois do PSB; três do PDT; e sete da Rede.

O vice é o presidente do PV-DF, Eduardo Brandão. A ex-jogadora de vôlei Leila Barros (PSB) ficou com a outra vaga na disputa ao Senado, tendo como suplentes Leany Lemos e Maria Ivonete (PCdoB).

 

Fonte: Metrópoles

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

 

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