Em Minaçu, Davi conhece realidade dos trabalhadores de mineradora

Com o governador e ex-senador Ronaldo Caiado (E), Davi visita instalações da mineradora, acompanhado dos senadores Vanderlan Cardoso, Luiz do Carmo e Chico Rodrigues (D)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, acompanharam, na manhã deste sábado (27), senadores membros da comissão temporária externa para conhecer a realidade de Minaçu (CTEMinaçu). Localizado na região norte do estado, o município abriga a sede da Sama Minerações, que está desde fevereiro com as atividades paralisadas. A empresa é líder na América Latina na extração e beneficiamento da crisotila, um tipo de amianto, mineral utilizado principalmente na construção civil.

— A visita do Senado em Minaçu é para verificar in loco esta situação. É angustiante ver uma decisão jurídica sobrepor-se à vida das pessoas, que têm o seu sustento com dignidade. A criação da comissão é uma atitude louvável — afirmou o presidente do Senado.

O colegiado foi criado com o objetivo de avaliar a situação dos funcionários da mineradora após a interrupção dos trabalhos por meio de liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Davi, os senadores Luiz do Carmo (MDB-GO), Chico Rodrigues (DEM-RR) e Vanderlan Cardoso (PP-GO), autor da iniciativa, e deputados federais e estaduais acompanharam a visita à mina. Em seguida, os parlamentares se reuniram com a comunidade em uma audiência pública.

— O empreendimento não gera apenas riquezas para Minaçu, gera riquezas para o país. Estamos em um momento em que temos o maior número de desempregados da história deste país. O Senado da República abraça esta causa — destacou Davi.

De acordo com dados da Sama, mais de 2,8 mil famílias de Minaçu são empregadas direta e indiretamente na empresa. Além dos empregos, o município é dependente dos impostos gerados pela mineradora. Por um período a Corte autorizou a extração do amianto apenas para a exportação. Em 2017, a exploração do mineral foi proibida. Atualmente o STF aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) para decidir definitivamente sobre a retomada da atividade no país.

Sama

A Sama Minerações Associadas, pertencente ao Grupo Eternit, tinha como principal atividade a extração e beneficiamento da fibra mineral crisotila, um tipo de amianto. Com a produção voltada exclusivamente para atender a demanda do mercado externo, era a maior mineradora de crisotila da América Latina e a terceira do mundo. A crisotila é utilizada por mais de 150 países, como Estados Unidos, Alemanha e países do bloco asiático, em indústrias que vão da construção civil à aeroespacial.

A Sama controlava a mina de Cana Brava, situada no município de Minaçu, ao norte do estado de Goiás, a 510 quilômetros da cidade de Goiânia. A mina está localizada na margem esquerda do Rio Tocantins. A área de concessão estadual abrange 4,3 mil hectares, sendo que, desse total, aproximadamente 20% eram destinados à mineração, 10% ao reflorestamento e 70% representam a reserva natural de vegetação nativa. A mina de Cana Brava foi descoberta em 1962 e, cinco anos depois, teve início a exploração de crisotila na região.

(Da Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado)

Fonte: Agência Senado – Foto: Marcos Brandão/Senado Federal

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