Escritor Alcy Cheuíche púbica romance histórico sobre a vida do gaúcho almirante Tamandaré
Por José Antônio Severo (*)
Aqui Jaz um Velho Marinheiro, é o texto singelo da lápide do patrono da Marinha do Brasil, Marquês de Tamandaré, como ele deixou escrito, pedindo para assinar a pedra, simplesmente com as iniciais M.T. Nada mais adequado à trajetória do almirante Joaquim Marques Lisboa, vivida integralmente no tombadilho de navios, distante dos gabinetes das pompas do poder.
A vida desse marujo, de aventuras navais e construção do Brasil, foi resgatada em mais uma obra literária pelo escritor gaúcho Alcy Cheuiche, que recém lançou, pela Editora L&PM, um livro com a biografia romanceada desse herói nacional. Com um texto criativo e ágil, de fácil leitura, o autor reconta, como numa fábula narrada pelo próprio personagem, os melhores momentos da história desse marinheiro que singrou os sete mares tripulando, pilotando e, por fim, comandando as principais belonaves da armada brasileira.
O menos lembrado dos patronos das forças armadas brasileiras, Tamandaré ainda está na memória de muita gente que conheceu sua efigie na cédula de dois cruzeiros, do que por seus feitos para construir e sustentar a independência do Brasil nos seus momentos mais decisivos. Entretanto, ele foi um homem do mar, um navegador, menos presente nas mídias de seu tempo e do futuro que seus parceiros no panteão dos heróis básicos: Caxias , o patrono do Exército, comandou exércitos e venceu batalhas, mas também foi deputado (pelo Maranhão), senador (pelo Rio Grande do Sul), presidente de províncias (governador) e três vezes primeiro-ministro; Santos Dumont foi, em vida, um verdadeiro “pop star” internacional, o homem que voava, em Paris, o centro do mundo naquela ”belle époque”, uma figura tão charmosa quanto foram os astronautas dos anos 1960/70, nos tempos das viagens espaciais à lua. Já Tamandaré fez seu nome no tombadilho dos navios, na fumaça das batalhas, nas refregas das abordagens, distante dos holofotes, como hoje se diria. Entretanto, seu legado ainda está por ser reconhecido maciçamente, quando o brasileiro médio souber o que foi a nossa Marinha nos primeiros 100 anos da vida independente do País. Esse livro de Alcy Cheuíche, simples, atraente, bem escrito e empolgante, resgata a figura humana de Joaquim Marques Lisboa e sua disposição para o combate armado e habilidade como marinheiro e comandante de belonaves em batalhas e tempestades.
O escritor, com mais de 30 títulos publicados, premiadíssimo, com livros traduzidos para o espanhol, alemão, francês e inglês, tem, entre suas obras, uma elogiada biografia de Santos Dumont, lançada simultaneamente no Brasil e na França. Como obra literária, “O Velho Marinheiro” é um “thriller” histórico, construído em dois tempos: o narrador, o próprio Tamandaré, nos seus dias finais de vida, entre 14 a 20 de março de 1897, quando dá seu último suspiro, ainda lúcido, na sua residência no Rio de Janeiro, impresso em grifo. O segundo, como contraponto, em letras de tipografia Bodoni, relembra os principais episódios de sua vida aventurosa, as batalhas navais de que participou, os navios que comandou e suas relações com Dom Pedro II, a imperatriz Tereza Cristina e outras figuras de primeiro plano da História do Brasil no século XIX.
A parte grifada recria a figura humana e a vida pessoal do personagem, sua infância, adolescência, os primeiros combates, a carreira na Marinha, até o final, quando invoca seu testamento para desmentir um erro recorrente de seus biógrafos. Nessas versões, se lhe atribuem uma frase de conformidade com a República, proclamada nos seus últimos anos de vida. Tamandaré reafirma suas convicções monarquistas, critica duramente os propósitos dos republicanos e revela que foi o próprio imperador que lhe impediu de resistir ao golpe de estado do marechal Deodoro da Fonseca.
Se “O Velho Marinheiro” não é cheio de histórias curiosas ou inéditas de bastidores da política do Segundo Império, como seria próprio a um prócer sul-americano, a trajetória de Tamandaré é rica em episódios divertidos e corajosos. Além de seus feitos históricos, o livro embarca com ele para recuperar as peripécias do marinheiro a bordo de seus navios ou de braçadas dentro d’água, como naquela vez em que salvou Dom Pedro II de se afogar, caindo da prancha ao desembarcar de uma goleta, voltando à terra depois de uma travessia da baia da Guanabara, quando foi visitar a Ilha das Enxadas. Foi um acontecimento tão inusitado ver o rei mergulhando com roupa e tudo e o almirante tirando o monarca pelos braços de dentro d’água, que circulou uma quadrinha. Dizia:
Sua majestade no Arsenal
Caiu n’água e foi ao fundo,
E todos os peixes gritaram:
Viva Dom Pedro segundo!
E continuava:
Logo, vivo como um peixe,
Não se deixou cair à ré,
Do pouco bondoso banho
Tirou-o Tamandaré.
A primeira vitória do bebê Joaquim foi sobreviver para dar seu primeiro vagido. Em 13 de dezembro de 1807, veio à luz desfalecido, logo desenganado, tanto que seus pais correram ainda de madrugada à casa dos padrinhos, os tenente-general Manuel Marques de Souza e Josefa, sua tia, para que fossem à igreja de matriz, na cidade de Rio Grande de São Pedro, para batizarem o menino recém-nascido antes que expirasse, para que não chegasse pagão ao céu, já livre de ir passar a eternidade no limbo dos inocentes. Entretanto, em plena pia batismal, quando recebia do padre José o sacramento, a criança chorou, vindo à tona, como se fosse um náufrago emergindo.
Diferentemente dos irmãos Francisco, Manuel e José, que eram altos com a estatura dos Marques, Joaquim era baixo e atarracado, tal qual o pai, da linhagem dos Lisboa, mas tinha uma massa muscular formidável, que lhe valeu como marinheiro e bom nadador.
Seu pai, Francisco, mais conhecido como Chico Marques ( é assim o nome da rua com seu nome na cidade de Rio Grande), tinha um cargo importante, era o Patrão-Mor da Praticagem na barra da Lagoa dos Patos, ou seja, era quem conduzia em segurança os navios que vinham do Oceano Atlântico para atracar nos portos de Rio Grande e São José do Norte, ou seguir pela lagoa até Pelotas, subir pelo rio Guaíba até Porto Alegre, ou adentrar pelo Jacuí para os portos de Triunfo, Santo Amaro, Rio Pardo ou Cachoeira do Sul, e, também, por afluentes que formam a sua bacia, o Sinos, Gravataí, Taquari e Caí.
Com a implantação da indústria do charque no Rio Grande do Sul, na cidade de Pelotas, aquela rota ganhou grande movimento, com as exportações da carne riograndense para as províncias do norte brasileiro, para Cuba, no Caribe, e Nova Orleans, nos Estados Unidos. A carne de gado era o principal alimento das escravarias das grandes lavouras de cana, algodão, cereais e demais “plantations”. Na Europa em revolução industrial, o charque era a comida dos pobres, trabalhadores das fábricas. Com isto, o movimento incessante de navios gerou uma receita considerável, bastante para Chico Marques acumular um patrimônio considerável, que assim mandou os filhos estudarem no Rio de Janeiro.
Quando voltou a Rio Grande, já “piá” (adolescente, em linguagem gaúcha), aos 12 anos, o menininho Joaquim tinha uma boa base de matemática, ciências e se defendia muito bem em inglês, francês e espanhol, uma língua também bastante falada em sua terra natal, que tinha forte intercâmbio com os navios originários dos portos do Prata, Montevidéu e Buenos Aires, igualmente produtores de derivados da pecuária.
Com o pai, hábil marinheiro capaz de manobrar com qualquer tipo e tamanho de navio, tal a diversidade do tráfego marítimo naquelas águas, um notável piloto naquelas correntes traiçoeiras, Joaquim foi ganhando amor pelo mar e habilidade no timão. Aos 17 anos, quando foi convocado para tripular um navio da nascente armada de guerra do Brasil independente, já assumiu como piloto da fragata Niterói, uma das principais belonaves da nascente Marinha Imperial.
Nesse final de infância e durante a adolescência firmou-se uma amizade pétrea com o primo irmão, um ano mais velho, Manoel Marques de Souza, futuro marechal do Exército e Conde de Porto Alegre. Filho de sua tia e madrinha Josefa, irmão de sua mãe Maria Eufrásia e seu parceiro nas batalhas de Curuzu e Curupaity, na Guerra do Paraguai.
Cheuiche mergulha a fundo na vida profissional de Tamandaré., contando cada passo para sua admissão na armada, sob o comando dos oficiais ingleses (na verdade, escoceses) que fundaram a Marinha brasileira, o almirante Thomas Cochrane e o seu primeiro comandante, John Taylor, na guerra da Independência. Participou de todos os combates, inclusive do assédio à esquadra portuguesa que abandonou a Bahia às pressas, até a barra do rio Tejo, para ter certeza de que não voltariam ao Brasil, encerrando, assim, o domínio lusitano.
Na guerra da Independência ele já se consagrou como navegador de futuro, demonstrando ser um homem do mar: hábil, talentoso, corajoso diante da fúria das tempestades e do ímpeto dos inimigos nas lutas cara a cara, de arma branca ou à queima-roupa de canhões, fuzis ou pistolas nos tombadilhos, em abordagens ou combates costado a costado. Foi o próprio almirante Cochrane que o chamou para ser o piloto da nau capitânia na perseguição à frota portuguesa que se retirava da Bahia para a Europa, depois da vitória em Salvador. O menino Lisboa e seu comandante na Niterói, capitão Taylor, foram deslocados para o navio do almirante para a missão mais audaz em toda essa guerra: fazendo-se passar pela nave líder de uma esquadra, com um único navio, os brasileiros foram empurrando a frota metropolitana em fuga. Com essa artimanha, capturaram três belonaves inimigas, que, quando se atrasavam e eram alcançadas pelo barco brasileiro, rendiam-se e se deixavam levar de volta para o Rio de Janeiro como prisioneiros. Só depois se davam conta do engodo, que a tal esquadra do príncipe regente era apenas uma embarcação. As demais ficaram no País, prontas a intervir no caso de um contra ataque da armada fugitiva.
O futuro Tamandaré voltou a seu país como um herói, logo promovido e integrado como oficial da marinha nascente. Participou de todos os eventos seguintes para a consolidação da independência, na submissão das províncias recalcitrantes de Pará, Maranhão, Pernambuco e Cisplatina, no cerco de Montevidéu. Logo em seguida atuou na repressão à primeira tentativa de separatismo, a Cabanagem, liderada pelos pernambucanos, envolvendo as províncias de Sergipe, Rio Grande do Norte e Alagoas (criada nesse episódio). Só depois é que foi para a Escola Naval obter seu diploma de graduação como oficial da Marinha Imperial, antes de voltar aos combates no Rio da Prata, contras argentinos e rebeldes uruguaios.
O livro conta várias ações do herói, desde seus tempos de jovem timoneiro até em ações quando já era um marinheiro consagrado como líder guerreiro, comandante de esquadras. Além disso, não titubeou em apontar a proa de seu barco para ações humanitárias de salvamento em arriscadas manobras de aproximação e abordagem de navios em perigo, como foi o caso do paquete inglês Ocean Monarch, nas imediações de Liverpool, e do transatlântico português Vasco da Gama, na costa fluminense. No salvamento do Ocean Monarch, Tamandaré comandava o encouraçado Príncipe Afonso, primeiro navio a vapor da marinha brasileira, e tinha a bordo a princesa Francisca, irmã mais velha de Dom Pedro II.
Outro feito espetacular foi o motim a bordo do barco prisão argentino Anna, com 96 prisioneiros brasileiros, entre os quais Tamandaré e o então tenente Joaquim José Inácio, futuro Visconde de Inhaúma. Os dois lideraram um golpe de mão, tomaram o barco e conseguiram escapar, graças à habilidade dos dois marinheiros. Tamandaré assumiu o timão e José Inácio o convés e, sem que os da escolta percebessem, foram se afastando do comboio. Quando os argentinos viram o Anna se afastando, não conseguiram alcançar os dois hábeis velejadores; já estavam fugindo a todo o pano, regressando a Montevidéu.
E assim por diante, cada momento épico é relembrado, algumas missões de grande relevância técnica, como a compra das fragatas na Europa, para modernizar a esquadra, é detalhada. Outros acontecimentos importantes são encaixados, como uma das últimas conversas de Tamandaré com o imperador Dom Pedro II, quando o rei convidou o almirante, já na reserva, para o baile da Ilha Fiscal, e o marinheiro recusou, alegando estar de luto pela morte da esposa, anos antes, mas que guardou pelo resto da vida.
O livro “O Velho Marinheiro” pode ser lido como um cuidadoso e detalhado registro sobre a vida desse Pai da Pátria. Também é um divertido, cativante e emocionante romance histórico de aventura, valorizado pelo detalhe de tratar de fatos reais e personagens verdadeiros, que aumenta a credibilidade sobre a veracidade das incríveis peripécias do marujo e herói nacional.
Tamandaré traz ao leitor brasileiro do século XXI uma história relevante de um passado esquecido e, muitas vezes, narrado com imprecisão ou sob preconceitos. Os feitos dos personagens da primeira fase da vida nacional independente chegaram aos contemporâneos distorcidas pelos anacronismos que contaminam as histórias oficiais vigentes nas diversas épocas: a república sepultou o Império, os tempos de Getúlio, encobriram a República Velha, o regime militar, ocultou o populismo varguista, e os restauradores da redemocratização, da constituição de 1988, PT e PDSDB, desqualificaram o passado anterior aos anos 1970. Alcy Cheuiche ignora essas limitações e constrói um livro cativante, recuperando um personagem brilhante. O autor apresenta uma figura capaz de encantar os leitores, mas que se encontrava submerso, com sua trajetória limitada à admiração e respeito dos marinheiros do brasileiros, civis e militares, capazes de valorizar um lobo do mar pelo que ele valeu como ser humano, legando a seus pósteros, como a participação da grande aventura que tem sido também a construção do Brasil neste últimos 200 anos de vida política independente, desde seu reconhecimento como nação autônoma em 1816 no Reino do Brasil.
Tamandaré deixou poucos desafetos ao longo de sua vida, não obstante seja recordado como um homem duro com os inimigos e intransigente com os subordinados, mas nunca injusto. Essa foi uma característica profissional, não pessoal, pois era uma figura doce, um homem apaixonado e fiel. Talvez servisse para Joaquim Lisboa o mesmo epíteto de seu par do Exército, que até hoje define e descreve os homens rigorosos, o caxias, referindo-se ao legado do Duque de Caxias.
Assim era Tamandaré, mas em seus registros ele recorda de poucos desafetos. Um desses adversários que nunca deixou de pegar no seu pé foi o ministro da Marinha Videla Barbosa. Lá nos tempos da guerra da independência, quando era ainda um burocrata do império nascente, Barbosa vetou, em 1824, o pedido do guarda-marinha (aluno da Escola Naval) para ser embarcado como timoneiro da fragata Niterói, na esquadra em formação para lutar contra os portugueses na Guerra da Independência. Foi preciso o almirante Cochrane recorrer ao imperador Pedro I para que Joaquim Lisboa fosse liberado dos bancos escolares para embarcar num navio de guerra, num momento em que a falta de tripulantes qualificados era dramática. Anos depois, quando era imediato da fragata Constituição (rebatizada “Dom João VI”, para esta viagem), escalada para ir à Itália buscar a noiva do jovem imperador Pedro II, a imperatriz Tereza Cristina, outra vez Barbosa atravessou-se em seu caminho. Era dado como certo no Ministério da Marinha que o capitão de fragata Joaquim seria vetado para tripular a nave no translado da jovem rainha. Tamandaré não se deixou pegar. Aconselhado pelo velho pai, deu parte de doente e assim não deu ao ministro o gostinho de cortá-lo como segundo na tripulação do navio nessa viagem histórica.
Também transparece seu desconforto com o chefe da diplomacia brasileira nos tempos do grande conflito platino, o visconde de Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos (pai do Barão do Rio Branco). Os dois tinham posições hierárquicas equivalentes, mas não se entendiam na avaliação da crise uruguaia que deu origem à Guerra do Paraguai. Tamandaré defendia uma posição de força, como forma de dissuadir as ameaças; Paranhos fez uma política de conciliação. No final, o almirante reivindicou a razão, pois os inimigos atacaram o Brasil provocando um conflito de dimensões gigantescas, o mais cruento da história da América do Sul. Nas suas memórias, Tamandaré deixou fortes críticas à atuação do visconde.
Também deixou críticas ácidas ao guru dos republicanos militares positivistas, o tenente-coronel Benjamin Constant, inspirador do movimento republicano baseado nas filosofias positivista, de Auguste Compte, que caracterizaram a ideologia da República Velha, autoritária e oligárquica. Suas criticas aos militares do Exército são lembradas por Alcy Cheuíche, atribuindo a Tamandaré um inconformismo com a deposição do imperador Pedro II. Diz o almirante nos seus últimos dias de vida, em 15 de março de 1897, ainda inconformado com o destino de seu imperador (ele foi Ajudante de Campo do rei até 15 de novembro de 1889): “Por isso nunca perdoei os golpistas de 1889. E ainda mentiram que eu teria me conformado com aquele crime… Há repúblicas que admiro, como a americana e a francesa, que nosso imperador visitou, sendo muito bem recebido. Mas nunca aceitarei aquela traição contra o melhor de todos os brasileiros sua família… Ainda bem que o meu testamento será o testemunho final dessa lealdade”.
Outra manifestação monarquista relevante, depois de proclamada a república, eram seus elogios à atitude do almirante Luís Felipe Saldanha da Gama, morto em combate terrestre em Campo Osório, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, liderando uma carga de cavalaria. Tamandaré lembrava que em 15 de novembro Saldanha encontrava-se em missão oficial nos Estados Unidos. Se estivesse no Brasil, afirmava, as coisas teriam sido diferentes, pois ele teria resistido ao golpe de Deodoro da Fonseca, dizia a amigos, impedindo a queda de Dom Pedro II. Outra manifestação monarquista foi sua disposição para seu funeral, em que determinou como última vontade, ser enterrado envolvido numa bandeira nacional, esclarecendo que seria naquela sob a qual combateu em tantas guerras, ou seja, o velho pendão dos tempos da monarquia.
Outro testemunho de seu monarquismo, é o desmentido de autoria da frase que se atribui a Tamandaré de aceitação da proclamação da república. Ele teria dito: “O que está feito, está feito. Agora vamos tratar de consolidar a república”. Essa frase repetidamente atribuída a Tamandaré, foi veemente refutada por sua filha Maria Eufrásia na cerimônia de inauguração de sua estátua, no Rio, pelo presidente Afonso Pena. Disse a filha Maria Eufrásia: Meu pai deixou por escrito, em documento assinado, que jamais disse essas palavras”.
Fonte: Blog Edgar Lisboa | Foto: Divulgação