Espetáculo “SE EU FOSSE EU – CLARICES – ” encerra temporada no Espaço Pé Direito (Vila Telebrasília)
Produção que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal indaga sobre o cotidiano e universo interior de personagens de Clarice Lispector
Atrizes e diretoras premiadas da ATA – Agrupação Teatral Amacaca, companhia do eterno diretor Hugo Rodas, Camila Guerra, Juliana Drummond e Rosanna Viegas se uniram para dar vida a um espetáculo que homenageia todas as mulheres por meio de recortes da obra de Clarice Lispector (1920-1977). O trio apresenta “Se Eu Fosse Eu – Clarices –“, uma produção que investiga a existência e essência humana, o feminino, segredos “velados” ou “revelados” por mulheres– de modo a adentrar na profundida da alma e do intangível do ser ….mulher!
Após sucesso de público em todas as sessões no Teatro da Caixa Cultural Brasília, a peça realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal encerra temporada nos dias 3 de junho, sábado, às 20h, e dia 4 do mês, domingo, às 17h e 20h no Espaço Pé Direito (Vila Telebrasília 23). Haverá sessão em libras na sessão das 20h de domingo. Ingressos gratuitos mediante retirada via Sympla. Não recomendado para menores de 18 anos. Mais informações: Instagram: @claricescriativas.
RECORTES – Após uma série de laboratórios e de vivências pessoais/sociais, as atrizes decidiram que era a hora de contribuir para o aprofundamento das questões femininas. Foi quando as artistas resolveram elaborar o espetáculo. Para isso, elas fizeram recortes focados em três contos da autora: O ovo e a galinha ”, “Perdoando Deus ”, “Miss Algrave’’, dentre outras obras atemporais que abordam questões profundas do inconsciente.
Grito – “Se Eu Fosse Eu – Clarices – “ divulga contos adaptados da grande autora radicada no Brasil que, em 2020, completaria o centenário de seu nascimento. Além de levantar temas pertinentes às mulheres como maternidade, fé, afetividade, desejo, opressão, contribuindo com a reflexão e emancipação sobre aspectos relevantes da psiquê feminina, tão bem abordados pela autora.
“São os temas das mulheres ali tão latentes que as vezes só conseguem ser trazidos à luz, após um redemoinho de devaneios e contradições. A mulher é um bicho ambivalente e tão pouco protagonista das narrativas oficiais comumente escritas pelo homem. Os seus contrastes particulares às vezes soam incompreensíveis, incabíveis, deslocados, demonizados, assim como os tabus que giram em torno de seu corpo: o sangue mensal, o peito que amamenta, os hormônios incontroláveis, a maternidade amada e sofrida, dentre outros”, destaca Camila Guerra.
Estas questões serviram de mote para que as atrizes resolvessem expor ao mundo um pouco do universo das mulheres. “Clarice é libertadora, uma voz necessária que discorre sobre os caminhos misteriosos do mundo feminino”, exclama Ju Drummond.
E foi lendo Clarice que as atrizes se viram obrigadas a trazer essa experiência para uma prática mais ampla, que agregassem outras mulheres, para além do espetáculo. “Afinal, as mulheres têm muito o que conversar entre si e reconhecerem os seus próprios e tortuosos trajetos. É dentro dessa perspectiva que esse projeto é proposto”, finaliza Viegas. A produção executiva é de Kaká Carvalho e Luciana Lobato.
ATA – A Agrupação Teatral Amacaca iniciou sua pesquisa em 2009, por meio de uma disciplina intitulada “Técnicas Experimentais em Artes Cênicas” ofertada à comunidade pela Universidade de Brasília e ministrada pelo professor/diretor/encenador Hugo Rodas. Seu principal foco é descobrir formas de dramaturgia por meio da exploração vocal, muscular, gestual, estudo de instrumentos musicais e ritmos. Em 2011 este coletivo de artistas/pesquisadores se tornou um grupo fechado sob a condução de Hugo Rodas. Agora, a ATA se reinventa em novos formatos e processos criativos com grupos menores, diversificando seu repertório.
Processo – As diretoras são da escola de Hugo Rodas (1939-2022). Eterno encenador que participou da carreira do trio e que faz da ATA – Agrupação Teatral Amacaca, uma das mais relevantes companhias de teatro de Brasília. Apesar de ser uma peça com as três atrizes, o processo é assinado pela a ATA, que a cada dia se reinventa em novos formatos e processos criativos com grupos menores, diversificando seu repertório.
Serviço: Espetáculo “SE EU FOSSE EU – CLARICES – ” encerra temporada no Espaço Pé Direito (Vila Telebrasília)
Local: Espaço Pé Direito (Vilatelebrasília – 23)
Data: 3 de junho, sábado
Horário: 20h
Data: 4 de junho, domingo, às 17h e às 20h – Sessão das 20h de domingo com Tradução em Libras
Ingressos gratuitos via retirada no Sympla
Não recomendado para menores de 18 anos
Informações : Instagram @claricescriativas
FICHA TÉCNICA:
Realização: ATA – Agrupação Teatral Amacaca
Concepção, Direção e Atuação: Camila Guerra, Juliana Drummond e Rosanna Viegas
Produção Executiva: Luciana Lobato e Kaká Carvalho
Cenário e Figurinos: Juliana Drummond
Cenotécnica: Lucas Fragomeni
Iluminação: Abaetê Queiroz
Operação de Luz: Caetano Maia
Montagem e Efeitos Sonoros: Flávio Café
Designer Gráfico: Manuella Leite
Assessoria de Imprensa: Clara Camarano
Assessoria de Redes: Diana Porangas e Keylane Gomes
Patrocínio: FAC – Fundo de Apoio à Cultura – SECEC – Secretaria de Cultura e Economia
Apoio: Caixa Cultural Brasília, Centro de Dança do DF e Instituto Federal de Brasília.
Fonte: Assessoria de Imprensa | Por Clara Camarano
Fotos: Diego Bresani