Estamos mais preocupados em acumular bens ou seguir nossa alma?

 

O dia de ontem me trouxe algumas situações que me fizeram refletir sobre a relação de cada um de nós com carreira, propósito e momento de vida.

Temos uma geração que já tem tudo e não precisa correr atrás de nada ou temos uma geração mais consciente que, ao invés de acumular, quer viver e desenvolver-se através de um propósito?

Até há pouco tempo, era normal escolher um curso, seguir carreira e passar a maior parte da sua vida dedicado ao trabalho. Quanto mais tempo se passava no escritório, mais a pessoa era bem vista.

Mas será que hoje é assim? Será que as pessoas estão mais preocupadas em acumular bens ou seguir o propósito da alma?

Sabemos que muita gente não pode se dar ao luxo de jogar tudo para o alto e ir atrás dos seus sonhos ou fazer o que realmente gosta, mas a reflexão aqui é para quem enxergou que a vida é única, é curta e tem um propósito. E concluíram que, talvez, passar boa parte dela sentado em um escritório – muitas vezes que não é próprio – não seja tão interessante assim. Cada vez mais pessoas estão vestindo-se de coragem e cumprindo a missão da sua alma, dedicando-se ao que faz coração vibrar.

Junto à nova era está chegando a consciência do propósito e as pessoas estão sendo convidadas a cumprir seu dharma, que na cultura hindu significa que cada um vem ao mundo com uma missão para si e em prol de toda a humanidade.

E como resgatamos essa informação? Sigo em busca dessa resposta: assim como é desafiador para mim, pode ser para muitas pessoas.

Ikigai, palavra em japonês que significa “a razão de ser” ou “o motivo pelo qual acordamos todas as manhãs” é a filosofia do momento. Existem algumas perguntas que ajudam a descobrir seu Ikigai: o que você faria da vida se não precisasse de dinheiro? Do que você costumava brincar quando era criança? Quais são seus dons e talentos?

No best seller Ikigai: O Segredo dos Japoneses para uma Vida Longa e Feliz, os autores revelam uma mandala que pode ajudar bastante na resposta. Ela compõe-se de quatro círculos, que correspondem a áreas da vida: aquilo em que você é bom, o que você ama, de que o mundo precisa, aquilo que te pagariam para você fazer – missão, paixão, profissão e vocação, respectivamente. Na intersecção delas, mora o seu propósito de vida.

Reprodução

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A descoberta da missão da nossa alma é a garantia de uma vida plena e feliz. É estar em profunda conexão com o universo, é vibrar na frequência da prosperidade, abundância, manifestação em sua forma mais genuína e natural.

Percebo que não é uma geração mimada, que não quer saber de nada, mas, sim, uma juventude consciente de que a vida significa muito mais do que trabalhar toda uma existência apenas para acumular bens.

É saber que descobrir o seu propósito te dá a chance de prosperar de maneira equilibrada com as outras áreas da vida, entender que suas ações serão cadenciadas com o fluxo do universo e, portanto, não tem o que temer.

Só com essa descoberta é que iremos, de fato, resgatar a nossa essência, quem realmente somos e, assim, conheceremos a verdadeira plenitude.

 

Fonte: Metrópoles

Por Bela Lima / Bela Jornada

Foto: ISTOCK

 

 

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