Estudantes da rede pública se destacam na Olimpíada Brasileira de Robótica
Alunos do CEM 03 do Gama e CEF 01 do Paranoá venceram em quatro categorias da competição, realizada no fim de semana, em Taguatinga
Alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) 03 do Gama e do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 do Paranoá participaram da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), etapa Distrito Federal, e acabaram premiados na competição, que ocorreu no último sábado (12), em Taguatinga, e contou com a participação de representantes de escolas públicas e privadas. Ao todo, 36 equipes participaram da etapa final da OBR.
Raquel Lins, servidora da Secretaria de Educação e uma das organizadoras da OBR, explica que o objetivo da competição é estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, despertando neles a cultura maker, o empreendedorismo e a inovação. “O maior desafio e objetivo é tornar nosso país um forte protagonista das transformações tecnológicas do futuro, capacitando nossos estudantes com a robótica desde seus primeiros anos de vida. A gente fica muito feliz em ver as escolas públicas concorrendo de igual para igual com as outras escolas”, disse.
O estudante Gustavo Santos Moreira, 17 anos, aluno do CEM 03 do Gama, falou sobre como se sentiu feliz em estar entre as melhores escolas, públicas e privadas. “Nosso objetivo, em termos práticos, é completar todos os circuitos da arena com o nosso robô. E confesso que estar entre os melhores, dentre as escolas públicas e privadas, é desafiador, mas estamos confiantes e temos certeza de que essa etapa de hoje é só mais um passo nessa trajetória, independentemente do resultado. E ciência é isso, são muitas tentativas até obter uma versão que entregue um bom produto final”.
Premiação
A Olimpíada de Robótica é composta de diversas fases e categorias de premiação, entre a principal e as extras. As escolas CEF 01 Paranoá e CEM 03 Gama venceram quatro das sete categorias extras da competição.
O CEF 01 Paranoá recebeu o Prêmio Robustez, nível 2, com o robô Neobots. Já o CEM 03 Gama ficou com os seguintes prêmios: a equipe Extra Squad, do 1⁰ ano, levou a medalha de Melhor Programação; a equipe Htech-Bots, do 2° ano, levou o prêmio por Robô mais Inovador; e a equipe Os Cotocos, do 3⁰ ano, levou a medalha Maker.
Para o professor responsável pela equipe, Rodrigo Damasceno, do CEM 03 do Gama, a ideia é “fazer com que os alunos se sintam capazes de construir algo em conjunto e aprender a desenvolver a resiliência, a lidar com pressão e sempre buscar o aprimoramento do robô”.
Aprendizagem
A Secretaria de Educação oferta, por meio da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), cursos na área de tecnologia e gamificação em sala de aula, como o Robótica Maker – Autoformação.
O curso objetiva estimular o desenvolvimento de práticas pedagógicas por parte dos cursistas no que diz respeito ao desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes da educação básica nas competências: pensamento científico, crítico e criativo; resolução de situação problema; cultura maker e projetos de autoria; pensamento computacional (raciocínio lógico, lógica de programação); e trabalho em equipe (colaboração, respeito e empatia).
Já para os estudantes, a robótica desempenha um papel crucial na educação, uma vez que oferece benefícios que vão desde o desenvolvimento de habilidades técnicas até o estímulo da criatividade e resolução de problemas.
No que tange ao aprendizado prático, a robótica proporciona uma abordagem concreta para o aprendizado de conceitos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Os alunos podem aplicar teorias e princípios abstratos em projetos, o que aumenta a compreensão e retenção do conhecimento.
*Com informações da SEEDF
Fonte: Agência Brasília | Foto: Álvaro Henrique/SEEDF