Exército fez tudo o que pode no Rio

 

O general Sérgio Westphalen Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, comentou as declarações de seu conterrâneo de Cruz Alta, general Eduardo Dias da Costa Villas Boa, comandante do Exército, reclamando do esgotamento das condições operacionais da força terrestre nas atuais circunstâncias no processo de intervenção federal no Rio de Janeiro.

Disse Etchegoyen: “Eu não sei as razões da afirmação do General Villas Boas. Agora, se o General Villas Boas disse, eu não tenho dúvida nenhuma de que ele está certo. Agora vamos ver quais são as razões”.

Villas Boas falara à Imprensa, numa entrevista, dando a entender que a ação das forças do Exército na pacificação do Rio de Janeiro atingira o máximo, dentro das limitações legais desse mandato. Para avançar seriam necessárias ações drásticas que não estariam em cogitação.

Trafico entrincheirado

Sem o suporte do Poder Público, Exército faz o que pode, nas comunidades do Rio.

O quadro tático é negativo para as forças policiais. No alto dos morros, um contingente estimado entre mil e cinco mil homens armados por si só já constituem um efetivo respeitável. Além disso, o tráfico está entrincheirado na população civil.

À retaguarda as forças policiais e militares estão contidas pela opinião pública, que não aprova ações violentas, e pelos consumidores de drogas, que são os verdadeiros financiadores das operações dos traficantes.

Até este momento os interventores limitaram-se a estabelecer um cerco estratégico das áreas controladas pelo tráfico. Já os bandidos recuaram, mas mantêm controle na “terra de ninguém”. O Exército fora poupado de retaliações, até que alguns grupamentos avançaram além desses limites, recebidos à bala, perdendo três homens em ação.

Falta ações de cidadania

Os espiões das forças da intervenção já realizaram todos os levantamentos possíveis de inteligência. Entretanto essas informações de pouco valem, pois embora a Polícia já tenha o nome e endereço de todos os funcionários e chefes do tráfico não tem como alcança-los fisicamente como solução definitiva.

Então só resta reclamar que as ações de cidadania e os investimentos sociais prescritos como solução definitiva para o problema não foram sequer começadas. O Poder Público nunca socorreu como que “ eu chamo de ações de cidadania que elas precisam”.

Férias coletivas para o crime

O general disse que as comunidades ficam confinadas, clamando por mais presença de força de controle de combate ao crime organizado. Congela-se uma questão, a questão fica congelada. Dá-se férias coletiva para o crime organizado naquela região, mas não se socorre a população com saneamento, escola, saúde, e tantas outras coisas, como urbanização, apontou o general

Nem afronta, nem medo

Edson Fachin, único voto favorável a participação de Lula, nas eleições de 2018.

“Nem tão devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo”, afirmou o ministro Edson Fachin, citando Pinheiro Machado, quando começava a argumentar seu voto em defesa da participação de Lula, nas eleições de 2018. Ele se dirigiu à presidente do Superior Tribunal Eleitoral (STE), a gaúcha Rosa Weber, dizendo que citava a frase de um ilustre gaúcho, como a presidente do tribunal eleitoral, que também é gaúcha. A surpresa, fora do script, foi o voto do ministro Edson Fachin que abriu a divergência no Tribunal ao votar em favor da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em função do comunicado do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que pede que Lula participe como candidato às eleições de 2018. O PT distribuiu nota protestando e o líder do partido na Câmara Legislativa do Distrito Federal, Chico Vigilante, foi mais enfático: “a ditadura das togas negras”, protestou acrescentando que “a inclusão de última hora do julgamento do registro da candidatura Lula, na pauta de uma sessão extraordinária do Tribunal Superior Eleitoral demonstra que o golpe no Brasil se aprofunda”. Segundo o parlamentar, “um golpe sem metralhadoras, sem coturnos e sem quarteladas. Deixa, no entanto, claro que definitivamente, estamos vivendo sob uma ditadura, a das togas negras”.

Desfecho na Madrugada

Luiz Roberto Barroso, primeiro voto contra participação de Lula nas eleições

Primeiro a se posicionar, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do registro, votou pela rejeição do registro de Lula. O ex-presidente está preso e condenado na Operação Lava Jato. Por 6 votos a 1, Lula não pode participar, como candidato, das eleições. A presidente do TSE, Rosa Weber, anunciou, no final da votação, já na madrugada de sábado, a retirada do nome e foto do ex-presidente da urna eletrônica. Com isso, Fernando Haddad passa a ser o candidato oficial do PT à presidência da República e a gaúcha, Manuela D`Ávila (PCdoB) é a candidata à vice-presidente.

PT Afronta Decisão do TSE

No primeiro dia da propaganda oficial de postulantes à Presidência da República, o PT desafiou a determinação  do Tribunal Superior Eleitoral, que barrou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. O petista foi apresentado como cabeça de chapa de seu partido e ocupou a maior parte do tempo dos programas.

 

Fonte: Blog Edgar Lisboa

Foto: Reprodução

 

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