Faturamento, emprego e horas trabalhadas na produção crescem e consolidam reação da atividade, informa CNI
Indicadores Industriais mostram que resultados positivos do segundo semestre de 2017 foram insuficientes para reverter as quedas registradas ao longo do ano
O faturamento da indústria aumentou 0,2%, as horas trabalhadas na produção cresceram 0,8% e o emprego teve expansão de 0,3% em dezembro na comparação com novembro, na série livre de influências sazonais. As informações são dos Indicadores Industriais, divulgados nesta quinta-feira (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com a pesquisa, o nível de utilização da capacidade instalada ficou em 78%. A massa real de salários caiu 0,6% e o rendimento médio real dos trabalhadores diminuiu 0,4% em dezembro frente a janeiro na série dessazonalizada.
Mesmo com indicadores negativos, os dados de dezembro confirmam a recuperação da atividade industrial. “O aumento de 0,3% no emprego parece pequeno, mas é o maior desde 2014”, observa o economista da CNI Marcelo Azevedo. Em dezembro, o emprego teve o terceiro aumento consecutivo. “Durante o segundo semestre, somente em agosto foi registrada queda no emprego”, informa a pesquisa.
Azevedo destaca que a reação da economia só se consolidou no segundo semestre. Com as fortes quedas registradas no primeiro semestre, a indústria fechou 2017 com resultados negativos. O faturamento caiu 0,2%, as horas trabalhadas na produção recuaram 2,2%, o emprego diminuiu 2,7% e a massa real de salários encolheu 1,9%. O rendimento médio real dos trabalhadores aumentou 0,8% . “A utilização da capacidade instalada média de 2017 é 0,4 ponto percentual superior à registrada em 2016”, diz a pesquisa.
A aceleração do crescimento em 2018 depende do crescimento da demanda e do investimento, diz Azevedo. “Isso trará o aumento da produção e reativará as máquinas paradas, ampliando o uso da capacidade instalada. Isso possibilitará o aumento do investimento, que trará mais e mais empregos, o que sustentará o processo virtuoso de recuperação da economia”, afirma o economista da CNI.
Fonte: CNI / Site
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