Funasa quer água potável e saneamento básico em todas as comunidades carentes

Presidente Ronaldo Nogueira faz ao governador Helder Barbalho, balanço das obras da Funasa no Pará

O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), apresentou ao governador do Pará, Helder Barbalho, um balanço das obras no Estado, que preveem um investimento de R$ 200 milhões, durante encontro no Palácio do Governo.

Nogueira afirmou que, a Funasa intensifica suas ações no Norte do País, diante do desafio de cumprimento de metas de saneamento estabelecidas pelo governo; todas dentro do princípio da administração pública.

A Funasa promoveu, em Belém do Pará, nos dias 29 e 30 de julho, reuniões de trabalho com os superintendentes da Fundação, da Região Norte. O presidente Ronaldo Nogueira reuniu técnicos, diretores e os superintendentes que estão assumindo os comandos dos órgãos nos estados do Acre, Pará, Tocantins, Amazonas, Rondônia, Amapá e Roraima, para mostrar o que a Fundação vêm fazendo e pretende fazer nos estados do Norte.

Novo desafio da Funasa, anuncia Márcio Cavalcante

O diretor-executivo da Funasa, Márcio Cavalcante disse, na abertura do evento, na manhã desta segunda-feira (29), que esta era uma das muitas reuniões que a Funasa teria com dirigentes e técnicos, com objetivo de qualificar servidores para o novo desafio da instituição: “Todos sabemos das dificuldades encontradas pelos superintendentes, do grande desafio que enfrenta o País com as questões de saneamento básico. Mas é meta do presidente Ronaldo Nogueira sensibilizar a população do alcance que a Funasa tem para o País, da importância que a Funasa tem e da relevância que se tem no saneamento básico, porque saneamento básico é saúde”.

Segundo Cavalcante, quando você investe em saneamento básico você reduz o custo gasto em saúde. “Então, este é o desafio posto pelo presidente da República ao nosso presidente. É o primeiro contato com as Superintendências que estão carentes dessa aproximação, carente de quebrar paradigmas, de enfrentar as dificuldades”, acentuou.

Novo modelo de gestão, destaca Paulo Lyra

Paulo Lyra, chefe de Gabinete da presidência da Funasa, disse que um dos objetivos e a principal preocupação em reunir esses novos gestores, principalmente, os novos superintendentes nesse novo caminho que o governo pretende dar à Fundação.

“O interesse fundamental da reunião é a apresentação de um modelo que está sendo implementado, está sendo endossado e apoiado firmemente pelo presidente Ronaldo Nogueira, que diz respeito à sistemática de monitoramento e avaliação por indicadores”, assinalou Paulo Lyra.

Argumentou que a preocupação é porque, percebemos que já, há alguns anos, temos enfrentado imensas dificuldades no que se refere a fidedignidade das informações nos novos sistemas”.  Disse que, a condução da política do saneamento não é fácil, mas temos a convicção e os resultados hoje, extraídos do sistema de informação estão muito aquém da realidade”. Para Lyra, “a intenção é apresentarmos esta sistemática, um convite às Superintendências, para que elas empreendam esforços no sentido do registro tempestivo, fidedigno das informações no sistema. Aí sim, nós teremos a partir daí um retrato que corresponda a realidade e, que dê mais tranquilidade ao processo de tomada de decisão”.

Programa Nacional de Saneamento Rural

Paulo Lyra afirmou que o presidente Ronaldo Nogueira já apresentou ao ministro-Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e ao ministro da Saúde, Henrique Mandetta, o Programa Nacional de Saneamento Rural – PNSR, que traz justamente um diagnóstico muito preciso, identificando o déficit de cobertura de saneamento na área rural. Esse programa aponta já para um volume de investimentos durante o atual governo, e, até 2038 identificando a necessidade do trabalho em parcerias com governos estaduais e municipais e, com as diversas representações da sociedade civil. Enfim, é um programa bastante arrojado e o que se pretende é a partir de 2020 já estarmos em franca execução”.

Sobre as dificuldades enfrentadas pelas regiões do norte do País, Paulo Lyra chamou atenção para a situação bastante difícil e carente que o Norte enfrenta; com necessidades maiores que a maioria dos outros estados brasileiros. Enfatizou que, “não é mera coincidência, nós sabemos justamente que os indicadores de desenvolvimento humano de saúde, indicadores de doenças por veiculação hídrica, quer dizer, tudo isso relacionado intimamente com a questão da cobertura de saneamento é fundamental. Então, as regiões norte e nordeste, sem dúvida alguma, nós sabemos que os municípios têm os indicadores menos favoráveis. E, portanto, evidentemente o volume de investimento será maior proporcionalmente nessas regiões”, anunciou.

O problema do saneamento no Brasil alcança índices preocupantes, e a região norte é que menos atende os requisitos necessários, segundo Ranking da Associação Brasileira Sanitária (ABES) da Universalização do Saneamento. Dos 449 municípios da região norte, somente 8,67% (38 municípios), têm condições de oferecer à população um saneamento adequado.

O estudo teve 2017 como ano de referência, e avaliou os municípios de acordo com os seguintes indicadores: 1) serviços de abastecimento de água; 2) coleta de esgoto; 3) tratamento de esgoto; 4) coleta de resíduos, e 5) destinação adequada de resíduos sólidos. Somente 1868 municípios possuem dados sobre saneamento.

Fonte: Blog Edgar Lisboa – Foto: Ascom/Funasa

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