Gilvan Máximo: “Quero ser o secretário hightech”

Em entrevista à Agência Brasília, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF fala da importância da Campus Party e do comprometimento do governador com o tema

Parece Woodstock (festival de música realizado em 1969 nos Estados Unidos que reuniu milhares de pessoas). Só que do futuro. As mochilas nas costas estão lá, muita esperança e curiosidade no ar só que, ao invés de música nos ouvidos, tecnologia de ponta na veia por todos os lados. Assim será o maior evento do gênero que, até o próximo dia 23 de junho irá agitar o Distrito Federal com 80% das atrações gratuitas. A expectativa é que, ao longo de três dias, a Campus Party reúna mais de 120 mil pessoas, movimentando a economia local e os sonhos de milhares de apaixonados pela cultura hightech. Só de barracas montadas são 2 mil. “É um evento muito importante para a cidade”, garante o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilvan Máximo.

Em entrevista à Agência Brasília, o titular da pasta destacou o empenho do governador Ibaneis Rocha para que o evento se realize mais uma vez no DF. Este ano, o GDF quer a participação das escolas públicas durante a Campus, lançar um edital privilegiando as startups – empresas emergentes especialista em aprimorar modelos de negócios – e, assim, transformar Brasília numa referência como cidade inteligente no Brasil. “Estamos a um passo de atingir esse objetivo, esse é o nosso compromisso”, destaca. “Costumo dizer, nossa secretaria é uma startup, que nasceu há seis meses, estava na incubadora, agora estamos indo para a aceleradora e já deixando resultados com o apoio total do nosso líder”, brinca.

Fotos: Vinícius de Melo/Agência Brasília

Expectativa sobre a Campus Party

É um evento grande e muito importante para a cidade, uma vez que vai ter gente de várias partes do Brasil e do mundo, campuseiros da Europa, da América Latina e isso vai movimentar Brasília, a rede hoteleira, mexer com a economia local porque passará por aqui mais de 100 mil pessoas, estamos esperando um público de 120 mil pessoas. Por exemplo, nas áreas reservadas aos campuseiros São Paulo teve 9 mil pessoas, nós vamos ter 12 mil, na área de palestras, que são pagas e que tem como principal destaque o Bruce Dickinson, da banda Iron Maiden, já supera São Paulo também. São números relevantes que vamos finalizar no final do evento, claro, mas que tenho certeza, que nos colocará como a cidade número da Campus Party no Brasil.

Empenho político

Agradecer o governador Ibaneis Rocha que não mediu esforços para que a gente entrasse com toda força no evento, teve muito empenho político da parte dele para que conseguíssemos realizar mais uma vez esse sonho de montar esse circo não é fácil, que é um verdadeiro espetáculo da tecnologia, e quem sai ganhando é a população do Distrito Federal.

Legado

A Campus Party passa, o circo é desmontado, mas fica o legado. A Campus Party vai deixar para nós, doar, mais de 10 laboratórios “Include” – laboratórios de robótica para aproximar jovens (menores de 18 anos) moradores de comunidade carentes da tecnologia – nas comunidades de Brasília. Vamos começar com a Estrutural, outro em Sol Nascente e Itapuã e, junto com uma comissão que foi formada, vamos estudar os outros locais onde serão colocados os laboratórios. O que são esses laboratórios includes, são espaços onde esses adolescentes terão oportunidade de fazer o próprio robô e colocar esse robô para funcionar, interagir, vai poder levantar o drone e assim por diante.

Lixo eletrônico

Essa é uma iniciativa que faz parte da nossa secretaria que se chama, Reciclotech, e a expectativa é arrecadar mais de 100 toneladas de lixo eletrônico que serão recuperados e uma vez recuperado será doado para escolas, creches e instituições do DF que estiverem precisando desses equipamentos.

Edital privilegiando as startups

Vamos lançar aqui na Campus Party um edital para incentivar as startups do DF, porque temos vários “gênios” na cidade que não têm oportunidades. Quero ser o secretário hightech, estar ajudando, incentivando essa meninada a ter sucesso nessa área e sair de Brasília com seus projetos.

Cidade Inteligente

O governador é um homem antenado, ligado às tecnologias e é um gestor empreendedor e uma das determinações dele é de fazermos Brasília uma cidade inteligente. E isso vai fazer com que ele entre para a história de Brasília, assim como JK (Juscelino Kubitschek) entrou para a história da cidade com a sua criação. E estamos trabalhando muito para que isso aconteça e quem vai sair ganhando é a cidade, as pessoas, o futuro chegou ao DF. Depois do projeto dos carros eletrônicos, que estará nas ruas em agosto, e do WIFI Social, que já estão começando a se espalhar pela cidade, vamos trabalhar o projeto do Parque Tecnológico de Brasília, a Biotic, que vai ficar ali perto da Granja do Torto e onde vamos trazer empresas da indústria 4.0, que são as empresas dos carros elétricos, de softwares de computadores, equipamentos de ponta que movimentam esse segmento.

Fonte: Agência Brasília – Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

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