Governo deve priorizar construção do Hospital do Servidor
Diante da crise econômica, GDF reduziu em 75% o número de trabalhadores que terão plano de saúde
Em meio a problemas orçamentários, o governo do Distrito Federal reduziu em 75% o número de servidores que terão direito a um plano de saúde, informa o Portal Metrópoles. A previsão inicial seria a de que 40 mil trabalhadores seriam atendidos pelo convênio. Agora, o governo diz que apenas 10 mil funcionários serão beneficiados.
Na reportagem, o presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas-DF), Ricardo Perez, alega que o GDF estuda a possibilidade de tirar do papel, ainda neste ano, o projeto de construir o Hospital do Servidor.
A ideia desse hospital partiu do SindSaúde DF, que sempre foi contra a concessão planos de saúde aos servidores. Segundo a presidente da entidade,Marli Rodrigues, o governador Ibaneis Rocha (MDB) inclusive já disponibilizou um terreno para a instituição.
“Um hospital para o funcionário público não discrimina ninguém, todos têm acesso a ele”. De acordo com a sindicalista, “o plano de saúde não atende às carências do servidor, sobretudo no que concerne a cuidados preventivos”. Além disso, ela afirma que os planos de saúde não aceitarão atender funcionários públicos aposentados.
Proposta
O projeto de concessão de planos de saúde ainda precisa ser aprovada pelas esferas do governo local. A redução no número de atendidos pelo benefício ocorre devido a uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que obriga o GDF, a partir deste mês, a devolver o Imposto de Renda que incide sobre as folhas de pagamento e sobre os benefícios pagos aos servidores com recursos do Fundo Constitucional do DF.
Nesta sexta-feira (3), em decisão liminar, o ministro do STF Marco Aurélio Mello derrubou a decisão do TCU. Diante disso, o governo local não precisará ressarcir à União em R$ 10 bilhões e poderá continuar com a arrecadação mensal de R$ 56,6 milhões. Contudo, o alívio ao GDF é apenas momentâneo, pois a 1ª Turma do STF ainda julgará, de forma definitiva, o assunto.
Fonte: SindSaúde DF – Imagem: Bruno Leão