Hospital de Base tem 79 extintores de incêndio vencidos
TCDF exige que a situação seja regularizada em 30 dias. O instituto afirma ter contratado empresa e já trabalhar para sanar o problema
Se um incêndio como o que destruiu o apartamento do Bloco M da 110 Norte ocorresse hoje no Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF), a contenção primária do problema seria como jogar na loteria, pois nem todos os extintores de incêndio do local estão em boas condições.
Dos 287 equipamentos da maior unidade de saúde da capital, 79 estão vencidos. O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) analisa a situação desde outubro de 2017, quando recebeu denúncia sobre a falha no hospital. Nesta terça-feira (15/5), deu 30 dias para que o problema seja resolvido.
Por unanimidade, a Corte de Contas determinou o prazo para a Secretaria de Saúde (SES) adotar providências, realizar licitação e contratar empresa para serviços de manutenção e recarga dos extintores. Acionada pela reportagem, a pasta respondeu ao Metrópoles que a admissão da companhia para recarregar os equipamentos já foi realizada, em um contrato de R$ 5 mil.
“A empresa já recarregou 208 extintores e continua trabalhando para recarregar os 79 restantes. Foi elaborado um cronograma de retirada de extintores para garantir a segurança da edificação”, disse por meio de nota.
A informação, no entanto, ainda não faz parte do processo da Corte de Contas. Em outubro de 2017, o TCDF recebeu denúncia do Ministério Público de Contas (MPC) informando que os equipamentos estariam fora da validade, e foi checar.
Segundo documento do TCDF, a própria pasta reconheceu que havia extintores vencidos desde junho de 2017. Informou ainda que o contrato com a empresa de manutenção não havia sido renovado.
Ainda sem informação
“Manifestação da SES comprovou que a validade dos extintores de incêndio estava expirada. Evidenciou-se morosidade da jurisdicionada na condução da matéria, uma vez que as tratativas para saneamento da situação se iniciaram em 20 junho de 2017 e, até o momento, quase 11 meses depois, não foram concluídas”, diz a análise do TCDF.
“Caracterizada a situação irregular, cumpre registrar que ela majora os riscos à integridade física de servidores, pacientes – estes já fragilizados e com menores possibilidades de reação – e visitantes, bem como ao bom funcionamento das instalações da jurisdicionada, devendo ser saneada em caráter prioritário”, diz o processo.
Em plenário, o relator do caso, conselheiro Márcio Michel, determinou que a pasta tome providências em relação aos extintores já vencidos. Os outros conselheiros votaram de acordo.
Fonte: Metrópoles
Foto: Felipe Menezes/Metrópoles