Hospital Regional de Taguatinga deve dobrar consultas iniciais de oncologia
Secretaria de Saúde melhora estrutura e reforça equipes da unidade. Setor de radioterapia já duplicou a capacidade de atendimento
Até setembro, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) terá uma ampliação de cerca de 50% do número de consultas iniciais de oncologia. O aumento será possível graças a serviços de adequação do espaço físico e ao reforço no quadro de servidores. Hoje, a equipe multidisciplinar realiza cerca de 1.300 atendimentos por mês – que pode incluir o mesmo paciente mais de uma vez. Também são realizadas 35 aplicações de quimioterapia por dia. São quase 100 novos pacientes acolhidos mensalmente e a previsão é de que esse número chegue a 200. Além disso, o setor de radioterapia já teve a capacidade duplicada e, desde o início de junho, pode atender até 42 pacientes por dia.
“O tratamento contra o câncer necessita de uma abordagem rápida, com alta tecnologia e pessoal qualificado. É uma meta oferecermos à população do Distrito Federal os recursos necessários para que as pessoas acometidas por essa doença possam ser bem acolhidas”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Ao lado do Hospital de Base e do Hospital Universitário de Brasília, o HRT é referência para o atendimento de pacientes com câncer de todo o Distrito Federal, além de moradores do Entorno. Entre as principais mudanças físicas na unidade, estão a ampliação e climatização da sala de espera e do ambulatório especializado. Já a área de enfermaria oncológica terá 18 leitos – atualmente são 15. Também será criada uma farmácia ambulatorial no setor.
Para o farmacêutico responsável técnico da unidade de oncologia, Hugo Carvalho, a finalidade é melhorar o atendimento aos usuários. “O serviço possibilitará que os pacientes não se desloquem para retirar os medicamentos em outras unidades”, afirma
Reforço profissional
A equipe de 126 servidores nas unidades de oncologia e radioterapia tem recebido reforços, como o chamamento de mais médicos oncologistas – atualmente são 11, com previsão de chegada de mais dois – e ampliação da carga horária de profissionais de diversas áreas. “Nós vamos poder prestar assistência de forma ampliada, inclusive, com abertura do terceiro turno para a quimioterapia”, conta a supervisora de enfermagem do setor, Laurene Passos.
“É uma meta oferecermos à população do Distrito Federal os recursos necessários para que as pessoas acometidas por essa doença possam ser bem-acolhidas”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde
Pacientes que recebem bombas de infusão para o chamado protocolo ampliado, quando é possível ir para casa e receber a medicação ao longo de dois dias, por exemplo, também poderão contar com apoio aos fins de semana.
No caso da radioterapia, o aumento da equipe permitiu ampliar a utilização da máquina capaz de gerar raios X de alta energia, conhecida como acelerador linear. Para o acionamento, é necessária a presença de pelo menos um médico, um físico e dois técnicos. Cada paciente passa por até 39 sessões, dependendo da avaliação clínica, do tipo e da localização do câncer. Os resultados, na maioria das vezes, são positivos. “A gente traz esperança para as pessoas. Vemos um paciente chegar cabisbaixo e sair sorrindo”, comemora a física médica Laura Queiroz, gestora do setor.
A servidora Lucimar Lima ressalta que, além das atividades técnicas, a oncologia demanda uma atenção especial com os pacientes, que muitas vezes chegam com debilitações físicas, receios e dúvidas. “Vai muito além de só fazer os procedimentos necessários. A gente primeiro ouve o paciente, o que ele tem a dizer, explicamos o que será realizado e o tranquilizamos. Tudo isso com todo carinho e respeito”, diz.
Além de médicos, enfermeiros e físicos, a equipe também conta com farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, técnicos de farmácia, radiologia e em enfermagem e servidores de apoio administrativo.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasília
Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde