Interesse demagogo de Macron
O vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Câmara dos Deputados, Marcel van Hattem (Novo/RS) ressaltou que “não é de hoje que a Amazônia desperta interesse internacional; seja de forma séria, seja de forma interesseira e, demagoga”. O que a gente está vendo, assinalou o congressista, “é o presidente da França, Emmanuel Macron, com popularidade baixa, buscando se impor no cenário local, principalmente, porque ele quer defender os produtores desse acordo União Europeia/Mercosul, que vai, de fato, ajudar muito nosso produtor brasileiro, em especial o gaúcho”.
Exportar mais
Segundo van Hattem, “a gente tem capacidade de exportar muito mais do eu a gente exporta hoje para União Europeia. Os outros líderes do G7, percebendo isso, já deram um “chega pra lá” no Macron. Por aí, não. Vamos falar as coisas com seriedade”.
Governo está correto
Na opinião do parlamentar, o governo está na posição correta quanto as verbas internacionais. “Acho que o governo tem que aceitar, desde que a gestão seja do Brasil. Tem que ter regras, senão vai acontecer como ocorreu com o Fundo Amazônia, aquilo estava uma esbórnia. Chegava o dinheiro via BNDES, Estados, e Terceiro Setor, cada um tinha um voto que decidia para onde ia o dinheiro, e era mais ou menos dividido, um terço para cada parte, sem a menor fiscalização”.
Altos salários
O deputado van Hattem enfatizou que “no Fundo Amazônia estava cheio de gente recebendo salários de 15 a 20 mil, não vou entrar no mérito de corrupção; tem gente que está aí na Amazônia sem mostrar qual o serviço que efetivamente está sendo prestado, e o Brasil como responsável da destinação do fundo”.
Dinheiro Internacional
Na avaliação do vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores, “tem que aceitar o dinheiro internacional, até porque o Brasil está preocupado, a Amazônia não está só no Brasil, ela se espalha por outros países. Agora, a gestão do dinheiro tem que ser dos brasileiros”.
Estabelecendo soberania
Quando o presidente da França, Emmanuel Macron sinaliza a proposta de internacionalização da gestão da Amazônia, certamente não foi por mera inspiração de uma hora para outra. Talvez a precipitação da fala antecipada de Macron seja benéfica para o Brasil, porque, a partir de então o Brasil pode se organizar e fazer com que a sua soberania sobre a Amazônia se estabeleça de uma vez por todas.
Internacionalização da Amazônia
O Brasil insurgir-se contra qualquer ameaça à sua soberania, é legítimo. O Brasil deve fazer isso. A ameaça pode ser manifestada por palavras e, foi isso que aconteceu. O mais grave não é a “chulesca” manifestação das expressões utilizadas pelos dois presidentes (França e Brasil), mas sim, pelo manifesto expresso de Macron levado ao G7, quando faz a sua defesa de internacionalização da Amazônia. A desculpa de preocupação ambiental não é o elemento principal, o elemento robusto para esta manifestação, mas sim, algo muito mais profundo que está escondido nos reais interesses da Europa sobre a Amazônia. Não só Brasil, mas os demais países da América Latina e o conjunto das américas deve preocupar-se com a fala do presidente da França.
Fonte: Blog Edgar Lisboa – Foto: Reprodução