Juiz de direitos humanos pede licença após ser acusado de agressão

 

A informação foi divulgada neste sábado (12) pela defesa de Caldas, que nega agressões físicas e “reconhece serem graves as inúmeras ofensas verbais feitas pelo casal ao longo de uma tumultuada relação”

juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos Roberto Caldas pediu licença do cargo após ser acusado pela ex-mulher, Michella Pereira, por injúria, agressão, espancamento, ameaça de morte e assédio sexual. A informação foi divulgada neste sábado (12) pela defesa de Caldas, que nega agressões físicas e “reconhece serem graves as inúmeras ofensas verbais feitas pelo casal ao longo de uma tumultuada relação”.

A mensagem de Caldas divulgada pela defesa informa que o pedido de licença é por tempo indeterminado e por razões particulares. O juiz diz que prestará esclarecimentos oportunamente.

A revista Veja revelou nesta sexta-feira (11) as acusações da ex-mulher, que conta ter sido agredida, e de duas mulheres que foram funcionárias da família, que relatam ter sofrido assédio sexual e ameaças de demissão. Michella diz que Caldas a agrediu de forma brutal pelo menos quarto vezes e que era comum xingá-la de “cachorra”, “safada” e “vagabunda.

A reportagem mostra imagens de Michella com hematomas e áudios que ela gravou.O advogado do juiz, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, informou que “reconhece que os limites da ética foram ultrapassados e as agressões verbais são injustificadas” e voltou a negar que tenha ocorrido agressão física.”Evidentemente que nada justifica as agressões verbais que foram a tônica dessa relação durante todos esses anos”, afirmou o advogado, que acusa Michella de ter “interesses inconfessáveis” para gravar o marido.Kakay lembra que o processo está em segredo de Justiça e diz que houve uma conduta criminosa da ex-mulher.

“Só para notar a fragilidade da relação, ele foi gravado durante seis anos, segundo ela, o que já demonstra um relacionamento fora da normalidade. Que esposa grava o marido durante seis anos a não ser com interesses inconfessáveis?”, disse Kakay. Em 2012, Caldas foi eleito para compor a corte, que chegou a presidir entre 2016 e 2017.

O advogado também integrou a Comissão de Ética Pública da Presidência da República de 2006 a 2012.A Convenção Americana sobre Direitos Humanos determina que os juízes escolhidos para compor a corte devem ser “eleitos a título pessoal dentre juristas da mais alta autoridade moral, de reconhecida competência em matéria de direitos humanos, que reúnam as condições requeridas para o exercício das mais elevadas funções judiciais”. Com informações da Folhapress.

 

Fonte: Notícias Ao Minuto

Foto: Reprodução/TV Globo

 

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