Justiça manda médica suspeita de matar filho ser levada a presídio

 

Após alta, Juliana Pina de Araújo, 34 anos, deve ser levada para ala psiquiátrica da Colmeia, para preservar sua integridade

Acusada de matar o filho de três anos, a médica Juliana Pina de Araújo, 34, ainda não foi transferida para a ala psiquiátrica do Presídio Feminino do Distrito Federal, mais conhecido como Colmeia. Mas a Justiça já determinou que ela seja conduzida ao local.

Contudo, a servidora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não recebeu alta hospitalar e, portanto, segue internada no Instituto Hospital de Base (IHBDF). Seu nome, porém, consta no sistema da penitenciária.

Médicos que acompanham de perto o estado de saúde de Juliana não deram alta para a paciente, pois ela estaria apresentando “surtos”. A defesa de Juliana chegou a tentar uma transferência para uma clínica psiquiátrica particular, mas recebeu uma negativa da Justiça.

De acordo com a juíza Lorena Alves Campos, responsável pelo caso, a transferência da acusada para o setor especial da Colmeia é uma medida de precaução. No dia do crime, Juliana também tentou se matar.

Conforme argumenta a magistrada, na decisão, “tendo em vista que há informações nos autos de que a indiciada sofre de depressão, oficia-se à Polícia Civil para que a indiciada, após a alta hospitalar, seja conduzida à ala psiquiátrica, com o fim de preservar a sua integridade física e psicológica”, ressaltou a juíza, em decisão do dia 29 de junho.

Investigações
Juliana foi indiciada por homicídio duplamente qualificado (envenenamento e pelo fato de o menino não ter tido chance de defesa). A criança pode ter sido vítima de uma overdose de remédios.

A tragédia ocorreu por volta das 17h40 do dia 27 de junho, na 210 Sul, no quarto andar do Bloco J. O garoto chegou a ser levado ao Hospital Materno Infantil (Hmib), mas os médicos não conseguiram restabelecer os sinais vitais dele. Ao lado do filho da servidora, havia uma mamadeira e remédios de uso controlado.

Segundo relato do porteiro do bloco à polícia, Juliana teria descido do apartamento e dito que tinha matado o filho e tentado tirar a própria vida. Ambos foram levados ao hospital pelo funcionário e um morador do prédio, no carro da médica.

 

Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução/Google Street View

 

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