Liberação de Drogas

A afirmação do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de que o governo é favorável a desburocratizar a importação do canabidiol (CBD) ao Brasil, tem apoio de parlamentares gaúchos. O CBD é extraído do pé de maconha e usado em tratamentos de doenças raras e crônicas, e vêm sendo alvo de pesquisas em vários países. “Nosso problema é abrir a porta para a liberação de drogas no Brasil”, explica. O ministro afirmou ainda que isso tem que estar bem encaminhado e resolvido dentro dos próximos 30 dias.

Bibo quer provas

Bibo Nunes

Para o governista Bibo Nunes (PSL/RS), diz que: “Se comprovar que faz bem, sou a favor. Mas não vejo com simpatia a maconha fazer bem”. Será que ela não tem efeito colateral? Questiona o parlamentar. E argumenta: “Pode consertar uma coisa e estragar outra. Precisamos de uma opinião técnica muito abalizada. É um bom debate para o Congresso. Se não tem efeito colateral, tudo bem, mas quero que me prove que não tem efeito colateral”, destacou.

Favorável como remédio

Ronaldo Santini

O deputado Ronaldo Santini (PTB/RS) acredita que “se vier para ajudar e estiver surtindo efeito, não tenho nada contra. Sou contra a liberação da droga como droga”, argumenta. Segundo o Congressista, “a maconha como droga sou radicalmente contra. Agora o canabidiol como medicação, acho que não tem problema”. Santini acredita que passa no Congresso. “Tem um conceito bem mais justificado sobre isso”, afirmou.

Processamento controlado

Lucas Redecker

O tucano Lucas Redecker é da opinião que “o agente químico originário da maconha, para fins medicinais, desde que tenha o processamento industrial controlado, com a ANVISA em cima, não tem problema”. O deputado vê problema na banalização da utilização de substâncias que são consideradas drogas, no tratamento como acontece em alguns países e alguns estados dos Estados Unidos e do próprio Uruguai. “Eu sou contra a legalização da droga. Para saúde sim. Legalização, nem pensar”, frisou.

Não ter preconceito

Henrique Fontana

O uso terapêutico do princípio ativo está consagrado, e, diversos casos, avaliou o deputado e médico, Henrique Fontana (PT/RS). Segundo o congressista, “é muito importante que a gente não tenha preconceito sobre esse assunto. Sou a favor”. Para o parlamentar, a proposta passa no Congresso, “é uma visão que está se consolidando não só no Brasil”. Alguns parlamentares preferiram não emitir opinião a respeito.

Voar no PSDB ou surfar no DEM

Gustavo Bebianno

Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, deve definir, em breve, se ingressa no DEM de Onyx Lorenzoni, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, ou se navega nos mares dominados pelo tucano João Doria (PSDB/SP), que voa alto rumo às eleições de 2022. Na opinião de Bebianno, sua cidade, o Rio, precisa hoje, de menos ideologia e de melhor gestão e mais eficiência. Como gestor, “acho que posso ajudar de alguma maneira, não necessariamente como prefeito”, argumentou. Revelou recebeu alguns convites, e, na hora certa, vai ser decidido. Entre as principais opções: PSDB e DEM. “Estamos conversando”, diz Bebiano.

A coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comércio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul 

Fonte: Blog Edgar Lisboa – Fotos: Reprodução

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