Mais de 80 mil pessoas celebram a virada de ano na Esplanada
Ao som de Roupa Nova, Heverton & Heverson, Israel & Rodolffo e Naiara Azevedo, público recebeu a chegada de 2024 com muita diversão, lazer e segurança; festividades se estenderam a outras regiões administrativas
Mesa montada, toalha estendida e um banquete regado a frutas, doces, refrigerantes e, claro, a champanhe para o tradicional brinde de Ano-Novo. A estrutura foi montada pela estudante Ruth Oliveira, 19 anos, e seus familiares durante as festividades de boas-vindas ao ano que se inicia. Eles fizeram parte das mais de 80 mil pessoas que marcaram presença no Réveillon Cidade Luz 2024, na Esplanada dos Ministérios.
“Está sendo ótimo, superou as minhas expectativas. Os fogos duraram muito tempo. Minhas primas que nunca participaram de nada parecido amaram, tiraram muitas fotos e dançaram bastante. A gente preparou um monte de comida para fazer uma ceia entre nós”, comentou Ruth.
A contagem regressiva para a chegada de 2024 ao som de Roupa Nova marcou o início dos 17 minutos de queimas de fogos silenciosos. Com investimentos de R$ 5 milhões e 2,5 mil empregos gerados, o centro político do país se transformou em um grande espaço para festejar e mentalizar boas energias para 2024.
Além do show da virada, o público pôde curtir outros nomes da música brasileira. As duplas Heverton & Heverson e Israel & Rodolffo e a cantora Naiara Azevedo agitaram a noite de quem curtiu a festa da virada na Esplanada dos Ministérios.
Pela primeira vez, o espetáculo no céu aconteceu sem estrondos sonoros. Apesar de o Governo do Distrito Federal (GDF) ter proibido, em 2020, o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos ou qualquer artefato pirotécnico que produza estampidos no DF, foi somente neste ano que houve a regulamentação da prática.
De forma inédita, os fogos puderam ser contemplados por todos sem serem afetados pelo alto barulho, como crianças, pessoas dentro do espectro autista que possuem sensibilidade sonora e animais.
O consultor governamental Bruno Ribas, 53, levou a sua esposa e seu sogro para curtirem a virada juntos com canções que marcaram sua infância. “Os fogos foram lindos. As bandas também me chamaram atenção porque elas fazem parte da minha história. Foi muito emocionante. Para 2024, eu peço muita saúde e felicidade”, disse.
Presente no show, a governadora em exercício Celina Leão agradeceu pelas conquistas de 2023 e prometeu entregas importantes para a população do DF: “Nossa cidade merece uma grande festa como essa. Nossa ideia era fazer uma celebração capaz de atrair familiares com segurança e tranquilidade. Para este ano, a população pode esperar mais trabalho do nosso governo, com novas obras, novos hospitais e novos projetos. Desejo um 2024 com saúde, força para trabalhar e proteção de Deus”, afirmou Celina Leão.
DF em festa
Neste ano, as festividades se estenderam para outras regiões administrativas do Distrito Federal (DF). Na Praça da Bíblia, em Ceilândia, a sertaneja Luiza Martins foi a grande atração para a virada. Em Planaltina, no Setor Recreativo, a chegada do novo ano foi feita pela cantora sertaneja Naiara Azevedo.
Economia aquecida
O setor criativo, que integra trabalhadores ligados a eventos, produções culturais, shows, emprega hoje 7,4 milhões de profissionais no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). No DF, isso representa, em média, 3,5% do produto interno bruto.
Para além dos meses de férias, o setor de hotelaria foi um dos maiores beneficiados com as festividades realizadas no DF ao longo do ano. Brasília registrou um aumento significativo na taxa de ocupação dos hotéis. De 59,43% em 2019, o número saltou para 65,71% em 2023.
“A festa da virada é um evento que gera renda. Nós temos hotéis lotados e um movimento muito maior no comércio”Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa
A flexibilização nos impostos por parte do GDF é um dos claros motivos para o bom desempenho do setor. O governo destinou ainda cerca de R$ 100 milhões em turismo somente neste ano, beneficiando mais de 50 segmentos.
“A festa da virada é um evento que gera renda. Nós temos hotéis lotados e um movimento muito maior no comércio. Todos os R$ 5 milhões que destinamos para esta noite retornará para a população do DF seja em festividades, seja na arrecadação de impostos para a gente continuar desenvolvendo trabalhos para os brasilienses”, disse o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes.
Na Esplanada dos Ministérios, foram disponibilizadas duas praças de alimentação com 12 quiosques. Vendedores de produtos foram distribuídos pelo gramado e na área anexa à arena. A comerciante Dellayla da Paixão Rabelo, 17 anos, revelou que a preparação começou com bastante antecedência para vender os acarajés durante a festa da virada.
“A gente se preparou bastante durante a semana. Saímos para comprar as mercadorias, deixamos tudo pronto. De madrugada, a gente montou a nossa estrutura aqui. O camarão, as embalagens e o feijão fradinho vieram todos diretamente de Salvador para servir o de melhor qualidade aqui na festa. A gente espera vender os 800 acarajés que nos programamos para servir aqui”, afirmou, confiante.
Tranquilidade e segurança
Para garantir que a festa ocorresse sem graves intercorrências, os eventos contaram com o monitoramento do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), que reúne 30 órgãos, instituições e agências do GDF.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) atuou nas festas com viaturas de busca e salvamento e combate a incêndio, posicionadas em pontos estratégicos para prestação de possíveis atendimentos. Os efetivos das 1ª e 5ª delegacias de polícia e da Delegacia da Criança e do Adolescente I (DCA I), responsáveis pela região, foram reforçados.
A estudante Ruth Oliveira elogiou o esquema de segurança montado para acessar a arena. “Eu vi muitos policiais e bombeiros por aqui. Estou me sentindo realmente segura. Eu fui revistada quando entrei, então pude ver que houve esse controle antes mesmo de chegarmos até aqui. Estamos todos muito satisfeitos com tudo”, avaliou.
Fonte: Agência Brasília
Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília