Marco da cena brasiliense, Espaço Cultural Renato Russo celebra 50 anos

Data será comemorada com vasta programação até o próximo domingo (18), contemplando diferentes segmentos artísticos, como música, dança e teatro

A história da cultura brasiliense é indissociável do Espaço Cultural Renato Russo. Desde sua criação, ainda como Teatro Galpão, o equipamento localizado no coração da W3 Sul — um dos endereços mais nobres nos primeiros anos da capital — foi palco para importantes nomes nascidos aqui. Entre tantos, é possível mencionar Cássia Eller, Hugo Rodas, Alexandre Ribondi e o próprio Renato Russo, que hoje dá nome ao local.

Criado há 50 anos com o nome de Teatro Galpão, a história do Espaço Cultural Renato Russo é interligada à vida cultural de Brasília | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

“São muitos eventos de várias linguagens artísticas, todos os eventos são gratuitos exatamente porque o Espaço Cultural Renato Russo é um espaço interdisciplinar, ele é transversal, caminha por todas as linguagens artísticas” Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec

Era de se esperar, portanto, que os 50 anos do espaço fossem comemorados com grande festa. Desta sexta-feira (9) até o outro domingo (18), o local recebe uma extensa programação que promoverá o encontro de artistas consagrados e de novos talentos, contemplando diferentes segmentos artísticos, como teatro, música, cinema, dança e artes visuais.

“Nós planejamos uma programação à altura da importância que tem o complexo. São muitos eventos de várias linguagens artísticas, todos os eventos são gratuitos exatamente porque o Espaço Cultural Renato Russo é um espaço interdisciplinar, ele é transversal, caminha por todas as linguagens artísticas. Então, a gente quis que as comemorações também seguissem nessa linha. Ou seja, atraíssem todo tipo de público, de todas as idades, de todos os lugares do DF, já que aqui é um lugar central. Para nós, isso é muito importante”, destacou Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

“Meu começo na música foi aqui e hoje estou podendo contribuir para a organização que um espaço que, coletivamente, pode trazer momentos de alegria e de conhecimento para muitas pessoas”, diz a aposentada e arteterapeuta Patrícia Beutel

Inaugurado em 1974 como Teatro Galpão — em alusão à função anterior do local, que era um depósito —, o complexo foi ganhando novas salas ao longo do tempo e passou a se chamar Espaço Cultural 508 Sul. Em 1999, em meio às comemorações pelos 25 anos, recebeu o nome do ex-vocalista da Legião Urbana.

Entre os destaques da programação de 50 anos, estão um concerto da Orquestra Filarmônica de Brasília, às 20h desta sexta; a abertura da Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, às 18h de sábado (10); o concerto Palhaçaria para bebês, às 11h do domingo (11); performances de dança na segunda (12) a sexta-feira (16), sempre às 18h40; show com Philippe Seabra e Distintos Filhos a partir das 20h30 do sábado (17); e, no encerramento, a partir das 18h de domingo (18), o Baile 50 Anos, com Ricardo Lira e Célia Rabelo e banda.

Gibiteca TT Catalão, a terceira maior do país, tem acervo de mais de 14 mil exemplares de revistas em quadrinhos

Além das apresentações, como parte da comemorações pelo cinquentenário, o Espaço Cultural também ganhou uma Musiteca, batizada com o nome do músico, compositor e professor da Universidade de Brasília (UnB) Clodo Ferreira, que morreu em julho deste ano. A nova área se somará, em acervo e homenagens, à gibiteca TT Catalão — terceira maior do país) — e ao Teatro Galpão Hugo Rodas.

“O Espaço Cultural é multidisciplinar, mas ele traz em seu nome uma homenagem muito importante que é ao Renato Russo. A vocação para a música está no DNA do espaço e a gente sentia falta de que esse arquivo musical pudesse ser disponibilizado também para o público. Então, nós estamos criando aqui a Musiteca, em homenagem também ao Clodo, que foi um grande artista, um ‘operário’ da cultura do DF”, apontou o subsecretário.

Atenta à programação dos 50 anos, a aposentada e arteterapeuta Patrícia Beutel foi uma das responsáveis pela organização da Musiteca. Uma forma, segundo ela, de contribuir com o Espaço Cultural, com o qual guarda uma ligação afetiva.

“Frequentei muito aqui na minha adolescência, porque eu sou flautista e toquei em muitas peças de teatro e em shows aqui no Galpão e no Galpãozinho. Atualmente, sou voluntária e ajudei a organizar o acervo junto com os bibliotecários”, contou. “Vivi muitas coisas legais, meu começo na música foi aqui e hoje estou podendo contribuir para a organização que um espaço que, coletivamente, pode trazer momentos de alegria e de conhecimento para muitas pessoas”, arrematou.

Confira a programação completa aqui.

Fonte: Agência Brasília

Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

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